Acendeu uma luz no fim do túnel, na negociação entre o Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis e o grupo Keppel Fels sobre o reajuste anual de salário e os demais pontos da pauta reivindicatória dos trabalhadores. Com o calor dos últimos acontecimentos, o fechamento da rodovia Rio-Santos e a mobilização de agentes políticos de parte a parte, reabriu-se o diálogo, intermediado, entre outros, pelo prefeito de Angra, Tuca Jordão (PMDB) e o deputado federal Luiz Sérgio (PT/RJ).

Segundo fontes envolvidas na negociação, a Keppel Fels teria reunido-se com a SBM Offshore e a Petrobras (que tocam a obra da plataforma P-57) para discutir a situação. O próximo passo seria apresentar uma proposta aos trabalhadores. Na última, o grupo Keppel oferecia 8% de reajuste. A reunião entre as partes pode acontecer ainda hoje.

A expectativa é de que a greve termine na segunda-feira, 24, quando haverá nova assembleia geral na porta do estaleiro para deliberar sobre os termos de uma eventual contraproposta.

Em tom dissonante da maioria, o deputado estadual Alessandro Calazans (PMN) fez discurso na Assembleia Legislativa, criticando a greve em Angra. Para Calazans a greve seria “o princípio do fim”. Ele lembrou que o estaleiro, desde a sua reabertura, mudou a economia de Angra e defendeu um recuo do Sindicato, citando, entre outros ‘benefícios’ o custeio do plano de saúde de cerca de 25 mil pessoas, entre trabalhadores e seus familiares.

Calazans disse ainda que os trabalhadores não deveriam perder de vista que a concorrência de estaleiros do Sul e Nordeste representa risco real para os estaleiros fluminenses que, com a radicalização dos movimentos de reivindicação, correria o risco de ‘perder competitividade’.

Em entrevista à versão impressa do Tribuna Livre, que está nas bancas, os líderes do Sindicato dos Metalúrgicos, Paulo Ignácio e Aguilar Ribeiro, defenderam a greve, como instrumento legítimo de reivindicação, considerando a ‘intransigência’ dos negociadores da empresa.

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