O presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Silva, disse nesta terça, 2, à noite, em entrevista à GloboNews, que não vê necessidade imediata de desligamento das usinas nucleares Angra I e Angra II. Othon negou que a Prefeitura de Angra tenha feito um pedido formal à empresa para que as usinas tivessem a produção de energia interrompida. O executivo admitiu, porém, que não haveria problemas em atender ao pedido do prefeito de Angra, Tuca Jordão (PMDB), se a Defesa Civil constatasse efetiva urgência nesta solicitação.

O argumento dos executivos da estatal é de que o epicentro da tragédia em Angra está distante cerca de 60 quilômetros da Central Nuclear de Itaorna e que no entorno das usinas não houve nenhum fato relevante, apesar das inundações no Perequê, com centenas de desabrigados.

A Prefeitura de Angra promete insistir na solicitação. Na primeira citação ao assunto feita ontem, 2, pela manhã exclusivamente ao Tribuna Livre, o prefeito Tuca condicionou o funcionamento pleno das unidades à perfeita trafegabilidade da Rodovia Rio-Santos. Na tarde de ontem, 2, a rodovia foi interditada totalmente na altura da Sapinhatuba II devido ao risco de desabamento das duas pistas.

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