Energia na Costa Verde é distribuída pela empresa Enel | Foto: Reprodução

A prefeitura de Angra dos Reis prometeu ingressar com uma ação civil pública contra a empresa de distribuição de energia Enel pelo que considerou como ‘péssimo serviço’ prestado pela distribuidora no município. A decisão foi anunciada no final da tarde da segunda-feira, 4, após um menor de 11 anos ser eletrocutado em fios energizados da empresa caídos ao solo ao lado da obra do novo Centro de Informações Turísticas na entrada da cidade. De acordo com testemunhas, os fios estavam caídos no local desde por volta das 9h da manhã e o acidente ocorreu no início da tarde.

Identificado pela prefeitura como Ruan de Castro Carvalho de Barros, 11, foi eletrocutado por um cabo de alta tensão da empresa. Ele teve queimaduras graves nos membros inferiores do corpo. Vídeos da criança em agonia com as dores do ferimento circulam por redes sociais. A criança recebeu os primeiros socorros no Hospital Municipal da Japuíba (HMJ) e teve de ser transferida em seguida para o Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, especializado em queimaduras. 

Além do processo, a Defesa Civil Municipal prometeu realizar vistorias nas instalações da Enel Distribuidora em toda a cidade para verificar a qualidade do serviço, estado de conservação de postes, riscos de queda e estado da fiação. De acordo com o governo municipal desde outubro do ano passado, a prefeitura estaria cobrando da empresa a vistoria dos postes instalados no município. Uma reunião pública provocada pela Câmara Municipal no mês de julho também tratou do assunto e um grupo de trabalho chegou a ser anunciado como solução para melhorias no atendimento à cidade. A prefeitura afirmou lamentar o acidente com o menino e disse estar assistência à família.

De acordo com pesquisadores da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) ocorrem em média cinco acidentes com fiação elétrica no país por dia. Em 2022 foram 1.828 ocorrências. Somente os choques foram responsáveis por 853 acidentes, seguidos por 874 ocorrências envolvendo incêndios por sobrecarga de energia (curto-circuito) e 55 mortes, bem como 101 acidentes por descargas atmosféricas (raios), com 39 óbitos.

(*) O Tribuna Livre aguarda posicionamento da Enel para atualizar este conteúdo.

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