Após uma semana de negociações e apelos de parlamentares, entidades associativas e autoridades do setor, a obra de conclusão da usina Angra 3 acabou incluída na lista de investimentos do novo PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) do governo federal. O PAC foi anunciado neste sexta-feira, 11, pelo presidente Lula em evento concorrido na cidade do Rio de Janeiro.
Há pelo menos um mês se debatia dentro do governo, a inclusão ou não do término de Angra 3 no novo Plano. Um dos argumentos a favor do empreendimento é o de que 65% das obras estão concluídas; outro é que possivelmente se não fosse concluída a obra, o governo teria de devolver dinheiro à nova Eletrobras, privatizada no ano passado. Enquanto isso, os adversários da construção dizem que o custo de R$ 20 bilhões seria alto demais, quase impossível de ser repassado integralmente ao custo da energia cobrado do consumidor. Prioridade para o sistema elétrico do estado do Rio de Janeiro, os argumentos a favor venceram. Estão no PAC a manutenção dos estudos e capitalização para seguir com as etapas ainda pendentes para conclusão da obra, andando lentamente desde 2015.
Com a confirmação da entrada de Angra 3 no Plano, a obra passa a ser considerada prioritária pelo governo no estado Rio. Ainda falta licitar a montagem eletromecânica do empreendimento, o chamado contrato ‘epecista’, cuja modelagem está sendo feita ainda pelo Banco do Desenvolvimento BNDES. A conclusão de Angra 3 deverá ser a obra pública federal que mais empregará no estado, com expectativa de absorver até duas mil pessoas na fase de obra civil. A decisão assegura também as contrapartidas devidas pela Eletronuclear às prefeituras da região em razão de condicionantes socioambientais impostas na fase de licenciamento da construção.
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