Badalados, conectados e, sobretudo, interativos, os endereços de jornais na Internet, ainda são dependentes, em sua maioria, das receitas de suas ‘naves mães’, no caso os jornais impressos. Os jornalões de papel, sempre ameaçados pelas novas mídias, a exemplo do que aconteceu com o surgimento do rádio e da TV, tentam se redescobrir, buscar meios de popularização – sobretudo entre os jovens leitores – mas estão longe de desaparecerem. E a conclusão é dos próprios editores que, esta semana, tiveram um seminário internacional em São Paulo para discutir o futuro.

Os donos dos três maiores jornais do país, dois paulistas e um carioca, não têm dúvidas em afirmar que o poder do papel está ainda muito acima da capacidade de repercussão de sites e redes sociais. “Uma manchete de seis colunas no impresso têm muito mais importância que uma online”, resumiu Sérgio Dávila, editor da ‘Folha de São Paulo’ durante o e encontro. Dito isso, todos concordam que é preciso melhorar o produto jornal.

Outro fator destacado pelos editores diz respeito ao vil metal e, claro, ao custeio das empresas de comunicação. Na prática são os jornais impressos que garantem os investimentos online. 90% da receita das empresas de comunicação vêm da mídia impressa, por incrível que pareça, números que não deixam dúvidas sobre a eficiência dos jornais. A circulação dos jornais também tem aumentado, seja pelo surgimento de novos títulos ou pela redução no custo dos insumos, que tornaram a produção de impressos mais barata.

Sobre a Internet, o caminho perseguido, além de ampliar a interação com os leitores através de blogs, comentários e integração de mídias como a TV, um dos caminhos deve ser a cobrança pelo acesso, espécie de ‘assinatura’ digital, prática já comum nos EUA e na Europa e com experiências parecidas em São Paulo. Breve tudo será cobrado, preveem os especialistas, afinal, se custa caro fazer, ter acesso não deve ser gratuito.

Quanto aos jornais, fim de papo. Eles precisam de uma porta de saída do papel e não há dúvida de que ela não será logo. A ‘galinha dos ovos de ouro’ continua sendo o bom e velho jornal, que, apesar de já sair da gráfica ‘velho’, ainda é o melhor meio de comunicação para anunciantes interessados em negócios e cidadãos em busca de informação. Vida longa aos jornais, então!

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