Projetos para bijupirá, garoupa e vieira foram apresentados no 1º Encontro Estadual de Maricultura. | Foto: Divulgação/PMAR

Na última sexta-feira, 23 de agosto, o Centro de Estudos Ambientais (CEA) de Angra dos Reis foi palco do 1º Encontro Estadual de Maricultura, reunindo representantes da maricultura de Angra, Paraty, Cabo Frio e outros municípios. O evento, promovido pela Associação de Maricultura da Baía da Ilha Grande (Ambig), em parceria com o Sebrae Costa Verde e a Prefeitura de Angra dos Reis, através da Secretaria de Agricultura, Aquicultura e Pesca, abordou diversos temas relevantes para o setor.

Durante o encontro, foi apresentado um panorama histórico da maricultura na região, além de projetos em desenvolvimento. As discussões giraram em torno de questões cruciais como licenciamento ambiental e os desafios atuais da atividade. Na mesa de abertura, destacou-se o papel do poder público no fomento, pesquisa e regulamentação do setor, essenciais para o crescimento da maricultura.

Apesar dos desafios, como a dificuldade na produção de sementes, Angra dos Reis continua a ser considerada a capital nacional da vieira (coquille saint-jacques). Em um ano, a produção chegou a mais de 50 mil dúzias, embora esse número tenha diminuído recentemente devido a problemas enfrentados pelo setor. Além do uso alimentar, os produtos da maricultura, como a hepatina extraída da vieira e os cosméticos derivados da carragena das algas marinhas, também têm aplicações biomédicas.

Entre os projetos em andamento, destacam-se aqueles voltados para o cultivo de peixes marinhos como o bijupira e a garoupa, além da vieira e da macroalga Kappaphycus alvarezii. Essas iniciativas têm sido impulsionadas por editais de fomento do FunBio e do Ministério da Pesca e Aquicultura, beneficiando entidades ligadas ao setor.

Segundo a Fiperj, a maricultura tem se consolidado como uma importante atividade econômica, geradora de emprego e renda, além de contribuir para a fixação dos pescadores artesanais em suas comunidades, promover a oferta de alimentos de alto valor nutritivo e apoiar a biodiversidade local. As regiões Sudeste e Sul do Brasil destacam-se como as mais produtivas no setor, sendo que a Baía da Ilha Grande abriga cerca de 90% dos maricultores do estado do Rio de Janeiro.

O encontro no CEA reforçou a importância da maricultura para a economia local e a necessidade de continuar investindo em pesquisas e projetos que possam superar os desafios enfrentados pelo setor, garantindo sua sustentabilidade e crescimento futuro.

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