Votação dos mototáxis cria, momentaneamente, um novo ambiente político

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Ainda sobre a confusa votação desta quinta-feira, 26, na Câmara Municipal de Angra a respeito do projeto de Lei que regulariza o serviço de mototáxis, algumas considerações.

Houve, seguramente, vencedores e derrotados, como acontece em todas as disputas políticas. Os maiores perdedores, claro, foram os próprios mototaxistas. O serviço que eles prestavam desde a metade do ano passado, iniciado sob a leniência da gestão anterior e agora ramificado por toda a cidade, está agora ilegal. Assunto encerrado. Não há reunião que possa modificar o que foi expresso pelo Poder Legislativo.

Em entrevista exclusiva para a edição impressa do Tribuna Livre, ainda nas bancas, o prefeito de Angra, Tuca Jordão (PMDB), anuncia que não vetará a decisão da maioria dos vereadores. É do ambiente democrático. Tuca compromete-se, no entanto, a buscar saídas (sem mototáxi) para os profissionais agora desempregados.

No ambiente político, o estrago foi grande. A votação em si deixa feridas que podem, ou não, infeccionarem. A súbita mudança de postura do vereador Manoel Parente (PHS), do sim à abstenção, e o voto vencido dos vereadores Jorge Mascote (PMDB) e Leandro Silva (PR) serão cobrados. Os próximos dias definirão se o Poder Executivo sabe ou não conviver com o chamado ‘voto com a consciência’. Há muito tempo não se observava, na Câmara, as opiniões fluírem tão livremente. Já se ouve, porém, dentro da própria Base do Governo, pedidos de reprimenda aos três parlamentares.

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