Até o final deste ano, a prefeitura de Volta Redonda vai efetuar o pagamento de cerca de R$ 10 milhões relacionados a renegociações de dívidas herdadas de antigas administrações sobre depósito de Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS).
Os valores são de renegociações da Companhia de Habitação de Volta Redonda (Cohab), do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPPU), do Serviço Autônomo Hospitalar (SAH) e da Fundação de Educação de Volta Redonda (Fevre). A soma, de R$ 10 milhões pagos por ano, faz parte do montante de dívida da cidade, cujo valor acumulado está na ordem de R$ 1,7 bilhão – dados da Secretaria Municipal de Fazenda e da Controladoria Geral do Município.
Outro grande montante de dívida herdada é o de precatórios. Somados os valores relacionados aos anos de 2018 e 2019, chega-se a R$ 65 milhões. Os precatórios são dívidas do município cujas requisições de pagamento são expedidas pelo Judiciário – sejam elas de fornecedores ou ações trabalhistas, por exemplo. Há precatórios sendo pagos pelo município desde 1996.
Segundo o prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, o alto índice de endividamento do município acaba por reduzir o poder de investimento da cidade.
– Vivemos hoje no Brasil uma grave crise financeira e nossa cidade não ficou imune a ela. Convivemos com a queda de repasses e de convênios dos governos Estadual e Federal, além da dívida herdada. Aumentamos a arrecadação municipal, temos muitas dívidas a pagar e assumimos serviços do Governo do Estado, como o custeio da UPA Santo Agostinho. Tivemos que renegociar dívidas, como a dos precatórios, que atrapalham investimentos – comenta Samuca.
O prefeito ainda lembra que os valores gastos com dívidas do passado poderiam hoje estar sendo investidos na cidade. Por isso, Samuca ressalta que, por meio de uma gestão eficiente, a prefeitura está conseguindo manter os serviços públicos e os salários dos servidores em dia.
– É com gestão que estamos controlando as dívidas do passado. Mesmo durante essa grave crise, nós conseguimos abrir o Restaurante Popular, a Arena Olímpica e o Hospital do Idoso. Compramos o Santa Margarida, a Clínica de Diálise, o Tarifa Comercial Zero e realizamos concursos públicos. A dívida inviabilizaria qualquer investimento, mas estamos trabalhando incansavelmente, com criatividade, inovação e gestão, para que nossa cidade continue avançando – destaca o prefeito.
Foto: reprodução
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