Os primeiros dias de gestão do prefeito interino de Paraty, Luciano Vidal (MDB), estão dando trabalho a assessores e aos demais departamentos da prefeitura. Muito ativo desde que ocupa a vice-prefeitura, Vidal mantém uma rotina superior a 10 horas de trabalho por dia e quer estar a par de tudo o que acontece na administração municipal.
— Eu recebi uma tarefa do prefeito Casé e estou trabalhando para corresponder à responsabilidade. O Casé sempre me deixou muito a par de tudo e essa ‘transição’ foi muito tranquila para mim e para a equipe — disse o prefeito.
— A prefeitura é algo muito complexo e de pressão. O prefeito Casé merecia alguns dias de descanso sim — defendeu Vidal.
Visitas — A rotina do novo prefeito começa cedo e termina tarde. Ele gosta de visitas as unidades de atendimento público, principalmente de Saúde e Educação; e de conversar com a população. Na primeira semana de trabalho promoveu um ‘encontrão’ entre ele e lideranças comunitárias, asses-sorado diretamente por secretários e técnicos da prefeitura. As secretarias cuja sede não fica no Paço Municipal tiveram de colocar um funcionário de plantão para atender Vidal e as comunidades.
— Eu gosto de estar em contato com as pessoas. Muitas vezes a gente resolve as coisas apenas com atitude. Por isso neste dia de atendimento quero todos os secretários comigo despachando. E ninguém deve sair sem ter a sua situação ao menos ouvida — acredita ele.
Por já ter sido vereador e presidente da Câmara, o prefeito não esquece do Poder Legislativo e incluiu, nas suas andanças nos bairros, a companhia de parlamentares que apoiam o governo e até de quem não apóia. Entre os bairros visitados esteve a Ilha do Araújo, onde foi acompanhado do vereador Rodrigo Penha (SDD) para checar reclamações sobre o sistema de abastecimento de água. Também levou secretários para acompanhar o asfaltamento em Paraty Mirim.
Segurança — Na manhã em que conversou com o Tribuna, Vidal acabara de falar com autoridades do Rio sobre a insegurança na Cidade Histórica. O ataque a caixas eletrônicos causou medo na cidade. Afirmou que cobrará do interventor federal, general Braga Netto, um plano para as fronteiras do Estado. Vidal disse que na semana passada já havia enviado ao general e às cúpulas das Polícias, um pedido de audiência para tratar da insegurança. A solicitação ganhou mais urgência depois dos ataques aos bancos.
Segundo Vidal, Paraty está vulnerável à ação de bandidos que vêm sobretudo de São Paulo, seja pela rodovia Rio-Santos (BR-101), seja pela estrada estadual Paraty-Cunha (RJ-165). Ambas, de acordo com o prefeito, não têm policiamento adequado e deveriam receber atenção do comando da intervenção federal no Rio.
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Publicado antes na edição 209 do jornal Tribuna Livre.
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