Já é a segunda vez em 2019 que a secretaria de Meio Ambiente da prefeitura de Mangaratiba interdita as operações da empresa Vale na Ilha da Guaíba. A ação aconteceu na segunda-feira, 11, por volta das 8h. Ela também foi alvo de multa no valor de R$ 30 milhões.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente do município, Antônio Marcos, os motivos para a interdição são ainda mais contundentes do que os da primeira vez.
– A empresa foi multada e também interditada em virtude de uma série de irregularidades encontradas, resultado da vistoria que foi feita no final de janeiro deste ano. Desde então a prefeitura expediu várias notificações para a empresa apresentar a certidão de conformidade da licença de operação. Além disso, a secretaria de Meio Ambiente detectou problemas de poluição com risco à saúde humana.
O secretário ainda frisou que o governo municipal também vai comunicar a ação ao Ministério Público Federal, que é o órgão competente relacionado a esse tipo de interdição. Antônio Marcos também acrescentou que o poder executivo, enquanto órgão do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), não pode ficar omisso quanto ao que foi pedido à empresa.
– Solicitamos diversas análises de laboratório, técnicas, estudos preliminares, sondagem do terreno, sondagem do mar e das praias do entorno, para que eles nos provem, através de análises desses estudos de laboratório, de que não há poluição mediante atividades praticadas pela Vale – explica o secretário.
Segundo o prefeito de Mangaratiba, Alan Costa, que estava presente na ação que foi realizada no início do ano na cidade, a nova interdição foi igualmente necessária.
– Não é interessante para ninguém esse imbróglio. Porém, a Vale tem que se adequar às normas ambientais e à legislação vigente. É bom lembrar que a empresa tem uma grande dívida com a população de Mangaratiba – afirma o prefeito.
Fotos: Divulgação / Prefeitura de Mangaratiba
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