A Eletronuclear começa na sexta-feira, 8, a vigésima parada programada para reabastecimento do combustível da usina Angra 2. Os trabalhos serão realizados em 46 dias e, durante o período, a usina ficará desconectada do Sistema Interligado Nacional (SIN), sem gerar energia. O anúncio foi feito pela própria empresa.
Serão efetuadas no período, cerca de 4.500 atividades, que envolvem desde a inspeção, manutenção e substituição de equipamentos, até o recarregamento dos elementos combustíveis. Os trabalhos contarão com o apoio de 500 empregados da Eletronuclear e mais 1.200 contratados, incluindo 115 profissionais estrangeiros.
De acordo com o superintendente de Angra 2, Fabiano Portugal, o momento de parada de uma usina nuclear é um pré-requisito para seu bom desempenho no ciclo seguinte. O período de parada, de 46 dias, está abaixo da média das cerca de 140 usinas da Europa, que realizam o trabalho, em média, em cerca de 54 dias.
— É um trabalho de grande responsabilidade. A parada exige um planejamento rigoroso e extremamente técnico, com atenção máxima de todos os envolvidos, direta ou indiretamente. Esse é o momento que aproveitamos para realizar todas as atividades necessárias para a usina se manter disponível 24 horas por dia, nos próximos 365 dias, com a potência máxima — explica Portugal.
Em outubro, a companhia recebeu na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) o último carregamento dos elementos combustíveis que serão utilizados em Angra 2. No total, sete comboios saíram da sede das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende, em direção à CNAAA, escoltados pela Polícia Rodoviária Federal com auxílio da Polícia Militar. O translado é acompanhado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Eletronuclear e INB.
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