Grevistas se postaram diante da porta de acesso às usinas | Foto: Reprodução

Trabalhadores da Central Nuclear de Itaorna, em Angra, iniciaram nesta quinta-feira, 1º, um movimento de paralisação em protesto contra atitudes da direção da Eletronuclear na negociação de acordo coletivo e salarial do período 2024/25. Há um grupo de profissionais amplamente insatisfeito com decisões da empresa que estariam ameaçando direitos conquistados em convenções coletivas anteriores e preocupações sobre a sustentabilidade do programa nuclear nacional. Desde 2022, último ano do governo Bolsonaro, a Eletronuclear teve déficit de caixa de R$ 1,2 bilhão.

A paralisação começou com boa adesão e ampla divulgação em diversos setores da imprensa nacional. É a primeira paralisação do tipo no setor nuclear em muitos anos. Os funcionários relatam que as decisões da Eletronuclear ameaçariam a qualidade de vida dos trabalhadores e até mesmo a operação das usinas de Angra. A Eletronuclear nega que haja qualquer risco ao ambiente por causa da insatisfação da categoria.

Em nota postada há pouco no site da empresa, a Eletronuclear afirma que o último Acordo Coletivo de Trabalho venceu na quarta-feira, 31, e que teria havido ‘falta de consenso entre os sindicatos representantes dos empregados e a companhia’ em relação ao fechamento do Acordo 2024-2026, encaminhado portanto para dissídio na Justiça do Trabalho.

— A paralisação não afeta a operação nem a segurança das usinas da central nuclear de Angra, visto que as atividades essenciais estão mantidas. A Eletronuclear reitera que respeita o direito de greve dos profissionais, mas garante o acesso a todos que quiserem trabalhar no período, assim como o  direito de ir e vir de todos os funcionários — afirmou a empresa.

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