Trabalhador terceirizado é contaminado durante a parada de Angra 2

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A usina nuclear Angra 2 está desligada durante a parada | Foto: Reprodução

A Eletronuclear confirmou na sexta-feira, 29, que um trabalhador que prestava serviços de forma terceirizada durante a parada da usina Angra 2, em Itaorna, acabou exposto a contaminação por contato indevido com uma peça metálica que deveria ir para a área de rejeitos da própria unidade. Ainda de acordo com a empresa, os sistemas de Proteção Radiológica da usina identificaram a tentativa de remoção não autorizada de material da área controlada. A ação na quarta-feira, 27, é atribuída ao trabalhador temporário da parada de manutenção, que portava uma peça metálica da tampa de acesso à câmara primária do gerador de vapor. O objeto seria tratado como rejeito radioativo.

A Eletronuclear afirma que alarmes automáticos ainda dentro da área de contenção foram ativados e os técnicos de proteção radiológica imediatamente iniciaram a investigação, identificando contaminação radiológica superficial na parte frontal do corpo e nos braços do colaborador. Foram feitos procedimentos de descontaminação pessoal, eliminando qualquer risco à saúde do trabalhador e dos demais que estavam no local.

— A investigação também identificou que os alarmes foram ativados devido à presença do objeto metálico dentro de uma coletora de lixo presente na sala de descontaminação pessoal, que fica ao lado do banco de portais. Após entrevista com os técnicos de proteção radiológica, foi constatado que a peça havia sido jogada no lixo, depois do acionamento dos alarmes, pelo empregado terceirizado, na tentativa de evitar a constatação da irregularidade — afirma a empresa.

O profissional temporário foi advertido com um Relatório de Violação Radiológica e, devido a gravidade, foi desligado da empresa prestadora de serviços.

A empresa reafirmou que os dispositivos de proteção radiológica e ações previstas em procedimentos impediram a extração indevida do material da usina Angra 2 e preservaram a saúde do trabalhador. A peça em questão foi devidamente confinada como rejeito radioativo. O fato foi informado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

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