Enquanto o isolamento e o distanciamento social se tornam rotina na prevenção ao coronavírus, a solidariedade abre espaço nos corações de dezenas de pessoas, voluntárias e anônimos. É uma corrente do bem que tenta ajudar a quem está impedido de trabalhar ou de prover o sustento de sua família nesta situação. Os exemplos de ações solidárias espalham-se por Angra e Paraty.

Voluntários criam a Rede do Bem em Paraty
Na Cidade Histórica, voluntários e empresários organizaram a Rede do Bem para captar doações de alimentos e itens de primeira necessidade para famílias em situação vulnerável. A atitude reforça a rede de proteção social que foi criada pela prefeitura.

Voluntários da Rede do Bem coletam doações para cestas básicas

Os itens são destinados em pequenos kits para quem tem urgência e a arrecadação geral é destinada ao serviço de amparo social da prefeitura.
Para ajudar, é possível doar alimentos não perecíveis e itens de higiene básica em um dos pontos de arrecadação no Centro, na Pousada Parque Imperial (R. Waldemar Mathias, 215) e em Tarituba, na avenida dos Bulhões, no mercado. Quem quiser também pode contribuir com R$ 50,01 para a compra de cestas básicas no Mercado Serra e Mar.

Pode-se doar, ou receber ajuda

Mesas solidárias espalham-se por Angra
Uma rede de mesas solidárias espalhou-se por bairros de Angra desde o início do isolamento. Nestes locais é possível doar produtos de limpeza e alimentos, e quem precisa pode pegar livremente. A iniciativa foi do grupo voluntário Ame+, que já atua em projetos sociais na cidade. O grupo informa já ter distribuído mais de 400 cestas básicas.
Para doar é muito fácil. Basta passar por uma das mesas solidárias e deixar a colaboração. Há mesas no Centro da cidade, Morro do Carmo, Monsuaba, Jacuecanga, Parque das Palmeiras, Nova Angra, Belém, Encruzo, Marinas, Bonfim e Frade.

Amigos produzem marmitas em Mambucaba
No Parque Mambucaba, cinco amigos se mobilizaram para ajudar. Os voluntários distribuem sopas e refeições durante o isolamento.
A idealizadora do projeto, Lilia Alves, contou que a situação de muitas pessoas da comunidade ficou complicada e ela decidiu pedir ajuda.
— Com a quarentena, a situação se tornou insustentável para muita gente. Tem pessoas que literalmente não têm o que comer — explicou ela.
No início, o grupo estava com poucos mantimentos, mas depois de fazer um pedido pelas redes sociais, recebeu doações para continuar preparando as marmitas que beneficiam cerca de 60 pessoas. O grupo pede doações.
Quem quiser ajudar, pode doar alimentos na rua 26, 169, em Mambucaba, ou dinheiro através de depósito bancário.

Doações da prefeitura são entregues nas casas

Prefeitura doa cestas básicas e merenda em Paraty
Ainda em Paraty, a prefeitura está usando recursos do orçamento municipal para dar assistência a famílias carentes e a pessoas atingidas diretamente pelas medidas de isolamento. Mais de 400 cestas básicas já foram distribuídas em várias localidades, inclusive na zona rural e na zona costeira, em locais acessíveis apenas por embarcações.

A prefeitura de Paraty também está usando recursos do orçamento para assistência a famílias carentes. Famílias de alunos da rede pública estão recebendo kits de merenda, distribuídos em escolas como a do Condado (foto no alto). Os kits não são cestas básicas, mas são um complemento à segurança alimentar de centenas de crianças matriculadas na rede municipal e que seguem sem aulas neste período.

Angra libera R$ 100 em vales-alimentação
A prefeitura de Angra decidiu liberar vales-alimentação de R$ 100 para famílias carentes da cidade. O auxílio será pago até que o governo federal libere o apoio aprovado pelo Congresso Nacional. A liberação deste apoio local já começou e está sendo regulada pela secretaria municipal de Desenvolvimento Social a partir dos oito Centros de Referência de Assistência Social (Cras).

São exatamente nos Cras que as pessoas vão em busca de cestas básicas, beneficio que foi substituído por um cartão alimentação que pode ser utilizado em aproximadamente 90 estabelecimentos comerciais. Até o dia 30 de março já haviam sido distribuídos ao menos 700 cartões.

— Vamos adquirir 12 mil cartões, pensando em atingir até 24 mil, de acordo com a necessidade, pensando no enfrentamento do período da calamidade. Vamos priorizar as pessoas que já são de baixíssima renda. Vamos atender também aos informais que forem solicitando. Tudo vai passar pelo atendimento da assistente social, dentro de vários critérios — informou a secretária de Desenvolvimento Social, Célia Jordão, acrescentando que também estão sendo comprados produtos de limpeza e higiene a serem doados à população carente, além de outros 12 mil cartões de alimentação com recursos do Fundo Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente.

Fotos: Reprodução/PMP

Publicado antes na edição impressas do Tribuna Livre (nº 279)

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