Relembrando os mortos de Hiroshima, ambientalistas fazem protesto musical em Angra

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Desde a década de 80, a Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (Sapê), realiza em Angra, sempre em agosto, o ato pacífico e cultural “Pela vida, pela paz, Hiroshima nunca mais”, em praças, escolas e ruas da cidade, abrindo um espaço alternativo para que a população saiba mais sobre as usinas nucleares de Angra, mostrando que, além de gerar energia, elas também trazem riscos para a população e que eles precisam ser conhecidos e não camuflados.

 Nesta quinta-feira, 26, na praça do Porto, a partir das 19h, a Sapê, mais uma vez realiza o evento, alertando com um grande show musical com bandas de rock da moçada de Angra, exposição com cartazes, artigos e bonecos espalhados por toda a praça e bastante conversa. O evento é uma homenagem positiva às 200 mil pessoas que morreram em 1945, depois que os Estados Unidos jogaram bombas nucleares sobre as cidades japonesas de Hiroshima (6 de agosto) e Nagasaki (9 de agosto).

 O tema do Hiroshima Nunca Mais deste ano é “Angra 3, e agora?”, abordando os impactos da nova usina que está sendo construída na cidade, lembrando que ela trará mais rejeitos radioativos e crescimento desordenado.

 — O que normalmente acontece, é que as informações que circulam pelo município, inclusive pelas escolas, é que usinas nucleares são superseguras e, na verdade elas trazem riscos, como todos grandes empreendimentos instalados próximos a mares e às cidades. E quem mora em Angra tem t que saber disto e não ficar a mercê somente do que a Eletronuclear divulga, porque eles não alertam sobre os perigos — explica Rafael Ribeiro, coordenador da Sapê.

 O ato Pela Vida pela Paz já mobilizou milhares de pessoas em grandes passeatas em Angra, de 81 a 85, realizado pela Sapê e o grupo Hiroshima Munca Mais, que era composto por artistas do Rio de janeiro, pelo hoje deputado Fernando Gabeira, integrantes do Partido dos Trabalhadores, e até o sindicalista Lula, na época candidato, que veio a Angra participar de uma das edições do evento e protestar contra as usinas nucleares.

Com informações da assessoria de comunicação da Sapê

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