A prefeitura de Paraty, por meio da secretaria de Obras, realizará uma ação emergencial nas caixas e redes de distribuição de energia no Centro Histórico, de forma a reduzir a ocorrência de apagões e quedas no fornecimento relatadas por moradores e comerciantes. Na semana passada uma vistoria do município com a concessionária Enel apontou algumas soluções técnicas para enfrentar o problema. Participaram também da checagem, o Departamento de Iluminação Pública e o Instituto do Patrimônio Histórico (Iphan).
De acordo com a prefeitura, o cabeamento subterrâneo realizado entre os anos 2005 e 2006, proporcionou grande acréscimo ao visual histórico, pela retirada dos postes, mas hoje causa problemas de distribuição devido às condições exigidas na época pelo Iphan para autorizar a obra. Foram restritas naquela ocasião a instalação de caixas na fachada dos prédios. Além disso a demanda por carga desde então subiu muito, devido ao incremento das atividades comerciais dos últimos anos.
A solução da época de construção de 186 caixas que permitem a ligação das ruas, prédios e cruzamentos dificulta a manutenção regular. O processo de salinização e as marés constantes causadas por mudanças climáticas praticamente mantêm parte dessas caixas submersas por longos períodos e causa as interrupções na corrente elétrica.
O chefe de Operações da Enel, Anderson Furtado, diz que a empresa teve de importar material sintético da Itália, no formato gel, para proteger melhor as ligações em pelo menos sete pontos, onde foram constatadas a quase totalidade dos apagões e que esse serviço está programado para até o final de julho.
Já o secretário de Obras do município, Fabrício Soares, disse que este seria um trabalho paliativo e emergencial e que a solução se dará com a retirada destas ligações do solo e as levando para as fachadas.
— Mantive contato com uma empresa que desenvolve sistemas elétricos em plataforma petrolíferas e solicitei um modelo de caixa adequado e seguro para esta questão — informou Fabrício.
O chefe do escritório técnico do Iphan na Costa Verde, Rafael Azevedo, disse aprovar este caminho e afirmou que haverá cooperação do Instituto na busca de uma solução.
Ainda em julho a Enel pretende incorporar projetistas no estudo e auxiliará na solução técnica mais adequadas. A inspeção técnica no Centro Histórico teve a colaboração de moradores, que puderam compartilhar as demandas e queixas com a equipe.
Foto: Divulgação/PMP
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