A prefeitura do Rio de Janeiro decidiu recuar da medida que chegou a ser anunciada para restringir o tráfego de caminhões na avenida Brasil. A decisão ocorreu após a participação ativa do Movimento Combustível Sem Imposto (CSI) junto ao governo do prefeito Eduardo Paes (PSD). Até a suspensão da decisão, caminhoneiros estavam preocupados com o impacto da medida. Depois de ouvir a categoria, o próprip Paes foi convencido sobre a necessidade de mais diálogo e de estudos sobre o assunto.
O Movimento CSI teve um papel importante neste desfecho, ao somar sua voz às preocupações levantadas pelos caminhoneiros do Rio. A participação da organização destacou os impactos que as restrições na avenida Brasil teriam na logística da cidade e no abastecimento de alimentos e produtos essenciais.
A proposta inicial previa a proibição da circulação de caminhões na pista central da avenida Brasil em tempo integral, além de restrições parciais na pista lateral. Essas medidas poderiam não apenas afetar diretamente aos caminhoneiros, mas também causar um aumento nos preços dos produtos devido a possíveis atrasos e a interrupções no transporte de mercadorias.
— Graças ao protesto, em que tivemos a honra de estar ao lado de vários caminhoneiros abnegados, fomos recebidos pelo prefeito do Rio, que, em um gesto que surpreendeu a todos pediu desculpas pelo erro e disse que a decisão está adiada ‘sine die’ — afirmou Alexandre Nascimento, líder do Movimento CSI
Ao engavetar a proposta de restrições, o prefeito carioca também demonstrou sensibilidade em relação às preocupações dos atingidos e a disposição para buscar soluções que conciliem os interesses de todos. A criação de um grupo para elaborar alternativas que garantam a fluidez do tráfego na avenida Brasil, sem prejudicar a logística da cidade e o funcionamento do BRT Transbrasil, foram um passo extra importante para continuar a discussão sobre mobilidade na capital do estado.
A prefeitura do Rio reafirmou em nota, compromisso com a melhoria da circulação viária e a busca por medidas que beneficiem a todos. Novas reuniões serão agendadas com representantes dos caminhoneiros e demais profissionais do setor de cargas para garantir que suas vozes sejam ouvidas e que as decisões tomadas levem em consideração o bem-estar e a eficiência do transporte na cidade, diz o governo municipal.
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