O prefeito angrense, Cláudio Ferreti (MDB), foi recebido em Brasília na terça-feira, 8, pelos ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, e do Desenvolvimento Social para discutir medidas emergenciais em Angra após os temporais que levaram o município a decretar situação de emergência. Na avaliação do prefeito, a receptividade do governo federal às demandas de Angra foi positiva, assim como a pronta resposta. Nesta quarta-feira, 9, foi confirmada a liberação imediata de R$ 4,1 milhões para ações de assistência social. Os encontros em Brasília tiveram apoio e intermediação dos deputados Lindbergh Farias (PT) e Marcelo Crivela (Republicanos).
— Neste recomeço, é muito importante o apoio do governo federal para que possamos avançar nas medidas de permissão de proteção à vida e no cuidado com os moradores — afirmou o prefeito Ferreti, antes mesmo de finalizar outros compromissos na capital federal.
No encontro com o ministro da Integração, Waldez Góes, Angra obteve os R$ 4,1 milhões para a aquisição de cestas básicas, cozinha comunitária, materiais de limpeza, colchões, caminhões-pipa e água potável, entre outros itens que irão atender a população angrense, principalmente do Parque Mambucaba. O ministro já havia despachado para Angra, no início da semana, o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wonei Wolff.
— Aprovamos a liberação desses R$ 4 milhões para o município, garantindo ajuda humanitária para Angra. Agora começamos a trabalhar os planos tanto de restabelecimento, como de acompanhamento — afirmou o ministro Góes.
Na reunião com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, foi combinado que o Bolsa Família será antecipado para todos os beneficiários de Angra. Eles poderão sacar os recursos a partir do dia 15 de abril. Em março Angra tinha 17.702 famílias atendidas pelo Bolsa Família, beneficiando 45.978 pessoas.
O ministro reiterou a determinação do presidente Lula (PT) para que o governo federal preste toda a assistência necessária aos moradores de Angra dos Reis. As equipes do ministério e da prefeitura estão em contato para articular outras ações.
No encontro, também foi discutida a possibilidade de apoio técnico da Força Nacional do Sistema Único de Saúde, para fortalecer as equipes locais — principalmente na vigilância de doenças que podem ter aumento de casos após as enchentes, como dengue, hepatite A e leptospirose — além da possível instalação de cozinhas solidárias.
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