Prefeito estava ao lado de secretários durante as declarações | Foto: Divulgação/PMAR
O prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (PL), afirmou nesta quinta-feira, 24, que poderá pedir à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a saída da distribuidora de energia Enel da cidade. A empresa atua nos municípios de Angra, Mangaratiba e Paraty e nas últimas semanas é alvo de muitas queixas dos consumidores. O prefeito angrense também afirmou que a cidade participará de ação civil coletiva contra a empresa ao lado de outros 30 municípios. Os prefeitos do interior e da região metropolitana do Rio terão encontro na segunda-feira, 27, em Niterói, para tratar dos detalhes da ação judicial que incluiria também a distribuidora Light, que atua na Baixada e na capital.
— Caso a Enel não melhore o serviço, vamos pedir intervenção federal da Aneel na empresa. Se a Enel se compromete a prestar os serviços, é dever dela entregar o que foi prometido. Não podemos deixar que a empresa traga prejuízos para a população, com serviços precários e longos períodos sem energia elétrica — bravejou o prefeito.
Fernando ainda reclamou da precariedade do serviço de energia na Ilha Grande. No último final de semana, afirmou, foi a prefeitura quem teve de levar combustível e pessoal para colocar em funcionamento os geradores que suprem energia emergencial na Vila do Abraão. Em ação judicial impetrada pelo município contra a Enel, a cidade pede que a empresa apresente um cronograma de execução de obras de modernização em 30 dias. Para reforçar o serviço na Ilha, a prefeitura também solicita que a empresa tenha um gerador e equipe de prontidão para casos de falta de luz. A Procuradoria do município requer ainda que a Enel cumpra a resolução da Aneel sobre o restabelecimento do serviço de energia no prazo máximo de quatro horas. Em caso de descumprimento, a Enel sofreria multa de R$ 100 mil por dia.
— Durante o feriado, a Enel não foi capaz de fornecer uma equipe, nem equipamentos para que os problemas de falta de luz da Ilha fossem resolvidos. Por causa dessa situação, a prefeitura teve que agir para atender às necessidades dos moradores, caso contrário, ficariam sem o fornecimento de energia. Nossas equipes sempre vão estar dispostas para ajudarem a população, mas não podemos deixar que casos assim se tornem recorrentes e a empresa não cumpra o prometido — finalizou o prefeito.
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