Por melhores salários e melhores condições de trabalho, metalúrgicos continuam em greve / Foto: Rede Social

A greve dos metalúrgicos do estaleiro Seatrium, em Angra dos Reis/RJ, entrou hoje (10) no seu sétimo dia e será julgada pela Justiça do Trabalho/RJ. A informação foi divulgada pelo sindicato da categoria, que permanece mobilizado e ativo nas redes sociais para manter o movimento. Na semana passada, os trabalhadores rejeitaram por unanimidade a proposta da empresa e decidiram iniciar a greve na segunda-feira (3).

Cristiane Marcolino, presidente do sindicato, ressaltou em suas redes sociais que a unidade dos trabalhadores tem sido fundamental para fortalecer o movimento e garantir avanços. “Nosso jurídico está trabalhando para que possamos ter uma boa defesa e, principalmente, para que os dias parados não sejam descontados”, afirmou Marcolino.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a proposta inicial da direção do estaleiro oferecia apenas a reposição do INPC de 3,23% mais um aumento real de 1,77% na data-base da categoria, em maio. A oferta foi rejeitada pela categoria, que optou pelo estado de greve. Uma nova proposta foi apresentada pela empresa pouco antes da assembleia geral realizada na quarta-feira (27), incluindo um aumento de 5% no piso salarial, elevando-o de R$ 3.923,60 para R$ 4.119,78, além de um aumento de 8% no tíquete-refeição, que passaria de R$ 650 para R$ 700, e um bônus de 100%, aumentando de R$ 800 para R$ 1.600, a ser pago no final do ano com critérios específicos. “Essa é a última proposta da empresa”, segundo o sindicato. No entanto, a categoria votou contra a nova proposta e iniciou a greve geral na segunda-feira (3).

A direção do sindicato tem utilizado suas redes oficiais para solicitar que os trabalhadores mantenham a decisão aprovada em assembleia, visando fortalecer o movimento. Na próxima semana, uma nova audiência na Justiça do Trabalho está prevista para segunda-feira.

O sindicato informou ainda que o estaleiro tem obras garantidas até 2036, incluindo os projetos P80 e P83, além da previsão de novos contratos para os projetos P84 e P85.

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