A elaboração do Plano Municipal de de Redução de Riscos em Angra dos Reis avançou já para sua segunda fase com a identificação de pelo menos 26 áreas e bairros prioritários. Na terça-feira, 18, representantes da Defesa Civil e da Universidade Federal Fluminense (UFF) envolvidos no projeto anunciaram as comunidades escolhidas. Os dados, no entanto, ainda não foram informados à Imprensa.
Após a primeira fase do Plano estão previstos agora sobrevoos com drones, mapeamento colaborativo e setorização de risco relacionado às comunidades escolhidas. Representantes das secretarias da prefeitura envolvidas e de iniciativas como o programa Comunidades de Angra, o projeto Povos e Redes, de associações de moradores e lideranças quilombolas acompanharam o anúncio dos próximos passos da ação.
— O objetivo da reunião foi fazer uma apresentação para as comunidades que estão sendo priorizadas, tanto na porção continental quanto na porção insular, na Ilha Grande. Não foi uma tarefa fácil a escolha das 26 localidades. Tivemos que priorizar a questão dos deslizamentos, já que 98% dos óbitos em desastres estão relacionados a isso em Angra. Fizemos também uma filtragem em mais de 100 áreas que oferecem riscos associados a escorregamentos de terra — explicou o coordenador do Plano, o professor Anderson Sato, da UFF/Angra.
A prefeitura e os organismos atuantes esperam concluir o Plano até setembro de 2025. Angra é uma das vinte cidades escolhidas no país para ter o seu Plano de Risco. No Rio, além de Angra, apenas Petrópolis foi beneficiada. A ação é coordenada pelo Ministério das Cidades, do governo federal.
— O trabalho está sendo desenvolvido de forma planejada, com a importante participação da sociedade civil, que vai mostrar aos profissionais técnicos quais são as necessidades dos seus bairros, na intenção de prevenir os efeitos de desastres. A Defesa Civil também tem um papel fundamental, porque ela já tem o histórico de ocorrências dos bairros selecionados — explicou o secretário municipal de Defesa Civil, Fábio Júnior.
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