Abastecer com combustível adulterado, pode danificar seu veículo. | Foto: Dimitri Otis

Com o objetivo de combater irregularidades no mercado de combustíveis, o Disque Denúncia e o Instituto Combustível Legal (ICL) firmaram uma parceria estratégica. A iniciativa visa reforçar a atuação contra crimes como adulteração de combustíveis, fraudes nas bombas, propaganda enganosa e depósitos clandestinos, incentivando a população a denunciar práticas ilegais por meio de canais específicos e anônimos.

As fraudes operacionais, principalmente relacionadas à qualidade e à quantidade dos combustíveis vendidos, causam prejuízos bilionários ao consumidor. Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as perdas chegam a R$ 17 bilhões por ano no Brasil. No estado do Rio de Janeiro, somente essas práticas resultam em um rombo de aproximadamente R$ 700 milhões anuais.

Além das fraudes operacionais, a FGV também aponta problemas relacionados à sonegação e inadimplência de impostos na venda de combustíveis, o que representa um impacto adicional de R$ 14 bilhões por ano à arrecadação nacional. Esses crimes afetam não apenas as finanças públicas, mas também geram concorrência desleal, comprometem a geração de empregos e causam danos ao meio ambiente e à saúde pública.

Para enfrentar esse cenário, o Disque Denúncia disponibilizou seus canais para receber informações da população de forma segura e sigilosa. As denúncias podem ser feitas pelo telefone (21) 2253-1177 — que também funciona como WhatsApp — ou por meio do aplicativo “Disque Denúncia RJ”, onde é possível enviar fotos e vídeos, de forma anônima.

O diretor executivo do ICL, Carlo Faccio, reforça que a colaboração da sociedade é fundamental no combate às irregularidades. — Somente com a participação ativa da população será possível enfrentar esse problema. Cada denúncia pode ajudar a monitorar práticas criminosas e proteger os consumidores — afirmou.

Renato Almeida, presidente do Disque Denúncia, destaca que a parceria com o ICL é fundamental para o estado do Rio de Janeiro: — Todos perdem com a sonegação fiscal: empresas, consumidores e o próprio Estado, que deixa de investir em saúde, educação e segurança. Por isso, a participação da sociedade é essencial — concluiu. A recomendação é clara: ao abastecer, exija nota fiscal e procure postos de confiança.

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