A prefeitura de Paraty, em parceria com o grupo privado Águas de Paraty e o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, iniciará na semana que vem as obras da futura estação de tratamento de esgoto destinada à coleta e tratamento do esgoto da malha urbana do município. O lançamento do projeto será na segunda-feira, 28, no bairro Portão de Ferro 3, às 10h, às margens do rio Perequê-Açu, um dos rios que serão despoluídos após o início do tratamento de esgoto na cidade.
A prefeitura prevê investir R$ 15 milhões na obra, parcialmente financiadas com recursos do Fundo Especial de Controle Ambiental (Fecam). A estimativa do município é de que, após o início de operação da estação ao menos 50% do esgoto da população da área urbana de Paraty passem a ser tratados. A cidade já é a que mais têm esgoto coletado e tratado na região. A estação será construída no bairro Jardim Riviera, em área já destinada por lei exclusivamente para esta finalidade.
Após a instalação, a estação de tratamento será ligada por meio de estações elevatórias à rede de esgoto já implantada nos bairros mais populosos da cidade, incluindo a Ilha das Cobras, Mangueira, Patitiba e Chácara da Saudade. A operação reduzirá o descarte de esgoto na baía de Paraty e promoverá a despoluição dos rios Matheus Nunes e Perequê-Açu.
Segundo estimativa do grupo Águas de Paraty, a estação de tratamento de esgoto poderá tratar até 11 milhões de litros de esgoto por dia. No futuro, a mesma estação receberá o esgoto dos bairros onde a rede coletora ainda será implantada, inclusive do Centro Histórico, elevando o tratamento de esgotos na cidade a 100% da malha urbana.
A utilização dos recursos do Fecam no projeto de tratamento de esgoto de Paraty faz parte da Parceria Público-Privada (PPP) do Saneamento Básico, assinada ainda em 2014 e que permitiu a construção de redes coletoras e de esgoto e ampliação da captação e tratamento de água na cidade, dando fim a uma queixa histórica de baixa oferta durante o verão e alta temporada. A parceria conta também com participação da Eletronuclear, que, no entanto, ainda avalia a liberação de recursos para a implantação da rede de esgoto no Centro Histórico.
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