Em minha última coluna aqui neste espaço, abordei diretamente a importância de um ordenamento náutico inclusivo no município de Angra e de seus impactos socioeconômicos. Houve muitos comentários e repercussão, a maioria deles concordando com os principais pontos que defendo. Só que é preciso ir além deste debate.
O turismo de Angra não é feito apenas das escunas, dos taxiboats e do chamado day use, e vejo que há um desgaste enorme do município enquanto fica focado apenas nisto.
Angra tem um potencial enorme para o turismo em vários segmentos e precisamos trabalhar em outras frentes e fontes para pulverizar esta atividade. Rapidamente destaco, por exemplo, que temos turismo rural, contemplação de pássaros exóticos, rafting etc, entre outros.
Em 2020, os empresários apresentaram aos então candidatos a prefeito (todos eles!) um caderno com inúmeras iniciativas para divulgar e desenvolver o turismo. Estas propostas foram elaboradas com os associados do Convention Bureau escutando todos os segmentos. Infelizmente nenhuma (nenhuma!) proposta até o momento foi colocada em prática.
Precisamos ter uma estratégia para que, quando o turismo realmente reabrir, consigamos atrair as pessoas e fazer a economia da cidade funcionar.
Nos próximos dias lançamos uma campanha de divulgação nas cidades distantes até 250 km de Angra, com um filme sobre os encantos e belezas do nosso destino, a fim de atrair visitantes que venham de carro.
Também estamos, como Convention Bureau, em tratativas na secretaria de Estado de Turismo do Rio de Janeiro (foto), por intermédio do subsecretário de Turismo, Zé Augusto, para fomentar atrações turísticas para a cidade. Como fruto destas reuniões, ao menos três eventos estão em processo de formatação para o segundo semestre. Sendo assim, destaco que, ordenamento náutico é importante e necessário, mas não deve ser a única pauta da prefeitura de Angra neste segmento.
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(*) Marc Olichon é empresário. É presidente do Angra e Ilha Grande Convention & Visitors Bureau (ACVB).
- Fotos: Reprodução
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