Desde o final da eleição municipal de 2008 em Angra dos Reis, um dos temas que mais tem movimentado os bastidores da política é o julgamento das ações de cunho eleitoral e criminal que questionam o resultado final do pleito e poderiam, em última instância, causar a cassação do atual prefeito Tuca Jordão (PMDB) e gerar uma nova eleição. Há pelo menos seis delas em tramitação, algumas iniciadas dias antes do pleito. Todas afirmam que ações em desacordo com a legislação teriam influenciado no resultado da disputa, vencida por Tuca por pouco mais de 4 mil votos de vantagem.
Muito se produziu, se falou e claro, especulou, a respeito do destino destas ações judiciais e de seu efeito na política municipal. Temos um ambiente bem politizado na cidade e a efervescência dos blogs assinados e anônimos apimentam ainda mais o debate. O que, é bom que se diga, é bastante saudável e bem vindo. Há dez dias, a última destas lides foi julgada em primeira instância dando fim a esta etapa das contestações. Na primeira instância, o PT e os demais partidos que a ele coligaram-se, não conseguiram nenhuma vitória significativa, a não ser pela decisão de inelegibilidade do próprio prefeito, de seu vice e do ex-vereador Pedro Miguel. Todos já recorreram o que, em tese, os mantém com os direitos políticos intactos, apesar de sub judice. Quanto à meta final da cassação, ela torna-se a cada dia mais distante. É o que dizem boa parte das pessoas que acompanham mais de perto as diversas nuances do processo, não restritas, obviamente, apenas à esfera judicial.
Na edição impressa do Tribuna Livre que está nas bancas, analisamos o por quê. Não trata-se de euforia, nem qualquer comprometimento que não seja o de prestar as informações que os fatos permitem ver a olho nu, sem interpretações. As ações judiciais continuam tramitando no Tribunal Regional Eleitoral do Rio, como registraram todos os jornais. E cada movimento destas lides está sendo registrado pelos diversos veículos da cidade. É só isso que espera-se deles.
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