Com a meta de recolher 51 toneladas por mês, Angra ganha cooperativa de catadores de lixo

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O destino do lixo é um problema em todas as cidades do mundo e uma das iniciativas que podem ajudar a enfrentar esta situação tem sido a reciclagem. Agora Angra dos Reis também entra de fato nesta briga e passa a contar com um trabalho inédito de mobilização para coleta de resíduos reaproveitáveis — material descartado todos os dias nas casas e empresas, que acaba virando lixo. Setenta catadores da cidade montaram a primeira cooperativa do gênero na cidade, para organizar projetos que melhorem a coleta nos bairros. A meta é dar segurança a estes trabalhadores e formar polos ambientais para o depósito provisório de recicláveis antes da comercialização em empresas especializadas.

A cooperativa nasce filiada à Federação das Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis do Rio e terá como presidente, o catador José Ronaldo, com Cláudio Roberto como vice. Apenas catadores participam da diretoria.

 Toneladas — A quantidade de lixo coletada diariamente em Angra impressiona. Segundo a secretaria municipal de Meio Ambiente, são quase 170 toneladas levadas diariamente para o aterro controlado no Ariró, cuja capacidade está perigosamente próxima do limite. A situação poderia ser diferente se já houvesse a coleta seletiva, que deixou de ser ação do Poder Público a partir de 2001.

O gerente de Conservação e Projetos Ambientais da secretaria, Fábio Jordão, estima que pelo menos 30% do material recolhido poderia ser reaproveitado. São latas de alumínio, papelão e outros produtos que juntos dariam algo em torno de 51 toneladas a menos de resíduos depositados no aterro e mais tempo de vida útil ao local, já que material reciclável representa 60% do volume do lixo.

A Cooperativa de Cata-dores receberá apoio do Conselho Municipal de Saúde, de associações e entidades civis, além de empresas. Deve haver em Angra, mais de duzentos catadores, todos atuando na informalidade.

Publicado antes na edição impressa do Tribuna Livre.

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