Mulher morta pelo ex-marido havia pedido proteção após ameaças

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Crime no Centro mobilizou uma multidão | Foto: Reprodução

A comerciante Aline Rose Breves, 41, morta na quinta-feira, 5, dentro de sua loja na rua do Comércio, no Centro de Angra dos Reis, havia pedido medida protetiva e até a prisão preventiva do ex-marido, Elias Lucas de Oliveira, 66, que acabou por cometer o assassinato da ex-companheira. O crime chocou a comunidade angrense e da região, dada a crueldade e frieza do assassino. Elias, conhecido como ‘Biju’, atentou contra a própria vida após matar a ex-mulher, mas foi socorrido e segue hospitalizado.

De acordo com relato de populares, ‘Biju’ chegou armado à loja e atirou contra a ex-mulher. Uma funcionária da loja, foi ferida na orelha por um tiro de raspão, sem gravidade.

Numa extensa nota publicada nas suas redes sociais, a OAB Mulher de Angra dos Reis, afirmou que Aline havia pedido o afastamento do ex-marido em virtude de ameaças e de outros crimes que teriam sido cometidos por ele, inclusive contra ‘duas filhas’ da falecida. Um pedido de prisão preventiva do assassino chegou a ser solicitado, aparentemente sem sucesso. Para a OAB Mulher, a morte de Aline é uma perda irreparável e ‘uma dolorosa lembrança de que a violência contra a mulher continua a assolar’ nossa sociedade’ a sociedade. Os advogados deram detalhes da peleja de Aline contra o ex-marido.

— A advogada Aline Angelin já havia alertado para o iminente perigo de feminicídio, solicitando a prisão preventiva do agressor. É inaceitável que, mesmo seguindo todos os protocolos e denunciando as violências sexuais sofridas por suas filhas, bem como a tentativa de homicídio anterior, Aline tenha sido vítima dessa tragédia terrível — afirma a nota.

De acordo com a OAB Mulher, Aline deixa para trás quatro filhas, duas das quais também teriam ‘sofrido abuso sexual nas mãos do agressor’. Para os advogados, é crucial enfatizar a importância de uma ação rápida e eficaz em casos de violência doméstica. A nota é assinada pela advogada Flávia Pinto Ribeiro Magalhães, presidente da Comissão OAB Mulher.

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