Os trabalhadores metalúrgicos do estaleiro Brasfels decidiram manter a greve iniciada há sete dias por falta de acordo nas negociações salariais com o grupo Keppel Fels. Em assembleia na manhã de hoje, eles rejeitaram a proposta oferecida pela empresa e aprofundaram o movimento de paralisação. A categoria quer 11% de reajuste e a empresa já oferece 8%. Os trabalhadores também querem um ticket alimentação de R$ 220 mensais e uma Participação em Lucros e Resultados (PLR) de R$ 2 mil anuais para toda a categoria. A Brasfels oferece R$ 1,3 mil, a serem pagos em três vezes. Esta foi a quarta contraproposta negada pelos metalúrgicos.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Paulo Ignácio Furtuozo, e o vice-presidente do Sindicato, Aguilar Ribeiro, queixaram-se da interlocução com o grupo asiático. Na segunda-feira, 11, os negociadores tiveram um encontro mas não houve avanços.
As partes têm nova reunião na tarde de hoje na Justiça do Trabalho para continuarem a busca de solução para o impasse. O grupo Keppel Fels e o próprio Sindicato estariam recebendo pressão da Petrobras (principal cliente do estaleiro) para darem fim à greve. A estatal teme atrasos nas obras em construção, entre elas a plataforma P-57. Há uma visita presidencial prevista para este ano ao estaleiro.
Até o fim do movimento haverá assembleias diárias para discutir os rumos do movimento. A cobertura completa do movimento reinvidicatório estará na próxima edição impressa do Tribuna Livre, na semana que vem.
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