Uma operação policial com intensa troca de tiros fechou a Avenida Brasil, uma das principais vias da cidade do Rio de Janeiro, nos dois sentidos, na tarde desta quarta-feira (12). A ação, realizada nas comunidades de Parada de Lucas e Vigário Geral, no Complexo de Israel, na zona norte da cidade, mobilizou agentes da Polícia Civil e Militar. Segundo a Polícia Civil, o objetivo da operação foi investigar informações de inteligência sobre uma facção criminosa que atua na região. Para garantir a segurança da população, a via foi interditada nas proximidades do confronto.
Ontem foi o segundo dia consecutivo que a Avenida Brasil é fechada devido a tiroteios. Na terça-feira (11), uma operação semelhante ocorreu na Vila Kennedy, na zona oeste da cidade. Durante o confronto da última quarta, 12, um ônibus da linha 774 (Madureira x Jardim América) foi atingido por um tiro, conforme informou o Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus). Nas redes sociais, moradores e passageiros relataram momentos de pânico, com pessoas se jogando no chão de ônibus para se proteger.
O intenso tiroteio também impactou o transporte público na região. De acordo com a Rio Ônibus, dez linhas de ônibus municipais tiveram que desviar seus itinerários. O serviço de BRT foi interrompido entre as estações Cidade Alta e Mercado São Sebastião da Transbrasil, segundo a BRT Mobi-Rio. A Supervia também precisou ajustar a circulação de trens, que passaram a operar apenas entre Central do Brasil e Penha, e Duque de Caxias e Saracuruna, sem troca de composição em Gramacho. As estações Penha Circular, Brás de Pina, Cordovil, Parada de Lucas e Vigário Geral foram fechadas para embarque e desembarque.
Os serviços de saúde e educação na região também foram afetados. A Secretaria Municipal de Saúde informou que, por medida de segurança, três unidades de saúde interromperam o atendimento: o Centro Municipal de Saúde (CMS) Iraci Lopes, o CMS José Breves dos Santos e a Clínica da Família Heitor dos Prazeres. Outras unidades, como o CMS Nagib Jorge Farah e as Clínicas da Família Eidimir Thiago de Souza e Nilda Campos, mantiveram o funcionamento, mas suspenderam atividades externas, como visitas domiciliares. Na área da educação, três escolas da rede estadual foram fechadas, segundo a Secretaria de Estado de Educação.
Em nota, a Rio Ônibus reforçou o apelo por segurança: “Mais uma vez reiteramos o apelo às autoridades de segurança pública, ressaltando a necessidade urgente de se tomar providências para devolver o direito de viver em paz da população carioca”. A Supervia também destacou que aguarda o retorno das autoridades policiais para normalizar a operação e garantir a segurança de todos. Enquanto isso, moradores e trabalhadores da região seguem enfrentando os impactos da violência e das interrupções nos serviços essenciais.
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