A implantação da rede de esgoto reflete positivamente na qualidade de vida do trabalhador gerando o aumento da sua produtividade e da renda, além de contribuir para a valorização dos imóveis. A pesquisa “Benefícios econômicos da expansão do saneamento básico”, encomendada pelo Instituto Trata Brasil e realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), revela que a renda média e a produtividade do trabalhador no Estado do Rio de Janeiro cresceriam 2,2% com a universalização da rede de esgoto.
Segundo a pesquisa, 82,5% dos moradores da cidade do Rio de Janeiro são atendidos pela rede de esgoto. A capital fluminense ocupa a 46ª posição no ranking Trata Brasil que lista a situação de 81 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes.
— A evolução do setor é inquestionável, mas o déficit continua. Os investimentos precisam se crescentes para reduzir o número de brasileiros que ainda não tem acesso ao saneamento básico — esclarece o presidente do instituto, André Castro.
Por outro lado, ao ter acesso à rede de esgoto, um fluminense aumenta sua produtividade em 2,2% permitindo assim o crescimento de sua renda na mesma proporção. A estimativa é que a massa de salários no Estado do Rio de Janeiro, que hoje gira em torno de R$ 104,45 bilhões, tenha um ganho de R$ 2,30 bilhões por ano.
Efeito imobiliário — A universalização do acesso à rede de esgoto pode ainda proporcionar uma valorização média nacional de até 18% no valor dos imóveis. Essa valorização terá efeitos diferenciados em cada Estado da Federação. Os Estados com maior deficiência são os que teriam o maior volume de ganhos. A pesquisa estima que a valorização dos imóveis, no Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, chegaria aos 1,2%.
Saúde — A pesquisa mostra ainda os efeitos da universalização do saneamento na área da saúde e revela que, por ano, 217 mil trabalhadores brasileiros precisaram se afastar de suas atividades devido a problemas gastrointestinais ligados a falta da coleta e tratamento adequado do esgoto. Somente no Estado do Rio de Janeiro, foram 13.555 internações, em 2009, sendo que 4.103 delas poderiam ser evitadas.
O estudo também apurou que em 2009, de acordo com o DATASUS, dos 462 mil pacientes internados por infecções gastrointestinais, 2.101 faleceram no hospital. No Estado do Rio de Janeiro foram 50 mortes, dessas 33 vidas poderiam ter sido salvas com a implantação do saneamento.
Com informações da assessoria de comunicação do Instituto Trata Brasil (www.tratabrasil.org.br)
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