Governo federal decide trocar toda a direção da Eletronuclear

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A retomada da construção de Angra 3 pode ser uma realidade | Foto: Arquivo

O governo federal decidiu trocar toda a diretoria da Eletronuclear e o Conselho de Administração da empresa aceitou as alterações. Eduardo de Souza Grivot Grand Court foi eleito para assumir a presidência da empresa que administra as operações das usinas nucleares instaladas em Angra. Não foram informadas as eventuais razões para a troca de comando, que é incomum, tendo em vista ser o final de um período de gestão federal.

Eduardo Grivot substituirá Leonam Guimarães, que esteve no comando da companhia por seis anos, desde 2017, ainda na gestão de Michel Temer (2016/18). Eduardo de Souza Grivot não é nome estranho ao dia a dia da Eletronuclear. Ele é o atual presidente do Conselho de Administração da empresa e respondia também pela diretoria de Gestão Corporativa e Sustentabilidade da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear (ENBpar), estatal criada em 2021 para capitalizar a Eletronuclear. Leonam assumiu a empresa em meio à crise causada pela operação Lava-Jato e ajudou a preparar o caminho para a retomada da obra de Angra 3. Também foi assessor do presidente anterior, almirante Othon Luiz Pinheiro, afastado em 2016 por suspeitas de corrupção.

Mudanças — Além da troca no comando, o Conselho de Administração da empresa aprovou ainda alterações no alto comando da Eletronuclear. O novo diretor de operação será Ricardo Luis Pereira da Silva, atual diretor técnico da companhia. Ele continuará também acumulando interinamente a Diretoria de Angra 3. Já na Diretoria Técnica, o novo titular será Sinval Zaidan Gama, ex-diretor de Operação no Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A Diretoria Administrativa será ocupada pelo almirante Hélio Mourinho Garcia Júnior, que ocupou recentemente o cargo de subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério de Minas e Energia. As mudanças na empresa ocorrem também após o desfazimento da Eletrobras, cujo controle acinário foi vendido por decisão do presidente Jair Bolsonaro (PL). Não será surpresa se a ENBPar vier a assumir em pouco tempo parte das operações da própria Eletronuclear.

Foto: Divulgação/PMAR

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