Grandes empresários do Rio de Janeiro, associados à federação do Comércio (Fecomércio) e à Federação das Indústrias (Firjan) comemoraram a inclusão da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) no Programa de Privatizações e Concessões do governo federal na gestão Jair Bolsonaro (2019/22). Para estes empresários, vender a autoridade federal de portos e os terminais de Angra dos Reis, Itaguaí, Arraial do Cabo, Rio e Niterói seria ‘um grande negócio’.
— A privatização e concessão dos serviços da CDRJ, além da maior aplicação de recursos na melhoria dos portos, poderá canalizar parte substancial dos recursos de outorga em favor da infraestrutura logística dos acessos portuários no estado do Rio de Janeiro — avalia o assessor da presidência da Fecomércio, Delmo Pinho, que até 2021 era subsecretário de Estado de Transportes do Rio de Janeiro.
A inclusão dos ativos da CDRJ no plano de privatizações foi anunciado pelo ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, no final de setembro. Além da venda dos portos do Estado, os empresários também querem mudanças na concessão dos aeroportos do Galeão e Santos Dumont, ambos na cidade do Rio.
A venda da Companhia Docas do Rio à iniciativa privada abrangeria portos lucrativos como os do Rio e Itaguaí, e também terminais menos valiosos como os de Niterói, o de Angra e o de Arraial do Cabo (do Forno) que hoje já está emprestado à prefeitura da cidade.
A Companhia Docas é responsável pela gestão e fiscalização das instalações portuária e das infraestruturas públicas localizadas dentro dos portos, mas não opera diretamente com a movimentação de cargas, executada por empresas privadas. Com a decisão do governo federal, o processo de privatização incluirá a modelagem e a definição das condições, realização de audiências públicas e o leilão público.
Foto: Reprodução
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