Ao indicar o vice-governador Thiago Pampolha (MDB) para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ), o governador do Rio, Cláudio Castro (PL) dá sequência à montagem da estratégia política governista para a eleição de 2026. Com Pampolha afastado da linha sucessória, fica aberto o espaço para o atual presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar (UB), substituir o próprio Castro em caso de vacância e ser em seguida candidato a governador no ano que vem.
A mensagem com a indicação do vice-governador para o Tribunal de Contas do Rio deve ser analisada em ritmo acelerado, com votação em plenário prevista para esta quarta-feira, 21. A estratégia de Castro, no entanto, ainda carece de ajustes, de acordo com a impressão geral de políticos do Estado. O governador do Rio é o que tem a pior avaliação de popularidade entre os dirigentes estaduais do Sudeste e Bacellar ainda é figura desconhecida no interior do Estado.
Cláudio Castro justificou a escolha por Pampolha por ‘possuir os requisitos objetivos e subjetivos reclamados pela ordem constitucional’ , além de ‘boa reputação e notórios conhecimentos’. Atributos que, no entanto, não serviram ao próprio Castro para indicar o vice como candidato natural à secessão estadual. A postura do MDB neste jogo também não parece clara já que, há pouco, o secretário de Estado de Transportes, Waashington Reis (MDB), almejava ser o candidato apoiado pelo governador.
A indicação de Pampolha ao TCE/RJ será submetida à Comissão de Normas Internas e Proposições Externas, responsável pela sabatina, e à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ambas presididas pelo deputado Rodrigo Amorim (UB), aliado de Bacellar. Sendo assim, não haverá dificuldades de aprovação e Pampolha estará, ao final, muito bem premiado para ser colocado para fora do processo eleitoral de 2026.
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