O prefeito de Angra dos Reis, Cláudio Ferreti (MDB), passou dois dias em Brasília esta semana, acompanhado de vários secretários municipais em encontros com organismos do governo federal para discutir projetos estratégicos para a cidade. Ferreti crê que parcerias com o governo central podem fomentar a criação de oportunidades, atrair investimentos e o desenvolvimento de projetos de inovação, saneamento, turismo e patrimônio histórico.
Na agenda mais importante da visita, na quarta, 22, a comitiva angrense teve encontro com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Vital do Rêgo. O encontro discutiu aspectos de processos relacionados ao passivo da Petrobras com Angra e o relacionamento com a Eletronuclear, especialmente sobre o termo de compromisso das compensações socioambientais pela construção de Angra 3 e a existência das usinas Angra 1 e 2. Em relação à Petrobras/Transpetro, a demanda é o Declan da empresa, que comumente declara em outros municípios parte da movimentação de petróleo no terminal da empresa na Ponta Leste. Esta declaração errônea faz com que Angra corra o risco de perde dezenas de milhões de reais por ano, todos os anos desde 2014, pelo menos. Toda a questão está na Justiça há vários anos e o processo é revisitado anualmente a cada início de exercício.
Outra agenda importante foi na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), onde o prefeito angrense discutiu ações de infraestrutura e mobilidade, incluindo a revitalização da ferrovia que liga Barra Mansa a Angra, projeto que pode impactar positivamente o turismo e a economia local. Hoje a ferrovia é privatizada, mas a empresa que administra o ramal já teria manifestado interesse em devolver o patrimônio à União. No mesmo encontro, Ferreti e os secretários conversaram sobre empreendimentos na rodovia Rio-Santos, administrada pela concessionária CCR Rio SP, incluindo duplicação de pistas, construção de túneis e melhorias no acesso a pontos estratégicos, como o trevo da cidade, a Japuíba e o Hospital Municipal da Japuíba (HMJ).
A modernização e a expansão do sistema de saneamento de Angra, com foco na ampliação da rede de abastecimento de água, tratamento de esgoto e soluções inovadoras para reduzir o impacto ambiental foram discutidos no Ministério das Cidades. Desde o ano passado, Angra foi contemplada com R$ 225 milhões do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal para o saneamento da região da Japuíba. O esforço do prefeito é para ter acesso pleno aos recursos e começar as obras.
— Cada conversa, cada passo dado em relação ao avanço do nosso município, no sentido de oferecer mais oportunidades aos angrenses, é de total importância para esta gestão. Tenho certeza de que vamos colher bons resultados — acredita Ferreti.
(*) Com informações da assessoria de comunicação da prefeitura de Angra
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