Faetec destinará cursos profissionalizantes para mulheres vítimas de violência doméstica

0
148

Evento de lançamento da parceria no Rio de Janeiro | Foto: Divulgação/GRJ

A fim de oferecer formação profissional para mulheres vítimas de violência doméstica, a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e a secretaria de Estado da Mulher assinaram um Termo de Cooperação Técnica para destinar mais de 1.300 vagas de formação para este público. As aulas em unidades da Faetec devem começar em 31 de julho.

A iniciativa surgiu a partir da lei 9662/2022, que prevê a capacitação das mulheres em situação de vulnerabilidade social e desemprego, encaminhadas para os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) e abrigos institucionais. As instituições parceiras da secretaria da Mulher encaminharão os dados das mulheres para a Faetec, que terá 5% das vagas dos cursos profissionalizantes reservadas para este público. Entre as opções de formação oferecidas estão as de assistente administrativa, assistente de logística, cabeleireira, confeiteira, cuidadora de idosos, encanadora instaladora predial, inglês, maquiadora, massagista, operadora de computador, operadora de editoração eletrônica, pizzaiola e programadora web.

— A parceria não resultará em novos custos a nenhuma das instituições e trará somente benefícios para as mulheres atendidas — disse a secretária da Mulher, Heloísa Aguiar.

Para a presidente da Faetec, Caroline Alves, o compromisso entre as duas instituições garante que muitas mulheres em situação de violência tenham a oportunidade de se profissionalizar e, por meio do trabalho, transformar suas vidas.

— Graças ao acordo, vamos atender a 94 unidades e, neste primeiro momento, com 1.319 vagas. O nosso objetivo é ampliar o número — prometeu Caroline Alves.

A Faetec é vinculada à secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação. O secretário Mauro Azevedo Neto reforçou que aprender uma profissão pode ser o início de uma independência financeira para as mulheres vítimas. Grande parte das mulheres que sofre violência é dependente financeira dos agressores, o que dificulta o término dos episódios de agressão.

Presente ao evento no Rio, Carol Félix, líder comunitária na Mangueira e membro de um projeto social que há seis anos encaminha mulheres a cursos e empregos, relata que muitas dessas mulheres fizeram cursos na Faetec e conseguiram empregos após a capacitação. Para Carol, as oportunidades oferecidas pela parceria podem ser fundamentais na vida de mulheres que vivem em situação de violência.

APOIE O JORNALISMO DO TRIBUNA LIVRE
O Tribuna Livre é um jornal da Costa Verde com presença regular na Internet. Nossa missão é levar informação relevante aos nossos leitores. Assine o Tribuna Livre neste link e fortaleça nosso trabalho.

Nenhum Comentário