Simulados envolvem mais de 60 entidades federais, do Estado e da região | Foto: Wagner Gusmão/PMAR

O Exercício Geral Integrado de Resposta à Emergência e Segurança Física Nuclear, em Angra dos Reis, atividade realizada a cada dois anos para avaliar o tempo e as condições de resposta a um acidente real nas usinas de Angra uniram as três Forças Armadas do país, movimentando mais de 1.300 militares da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira (FAB). O evento foi coordenado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR) e realizou ainda 560 atendimentos de saúde à população em dois hospitais de campanha montados no Balneário e no Parque Mambucaba.

O ministro chefe do GSI/PR, o general Marcos Antonio Amaro dos Santos, acompanhou o último dia de treinamento, na quinta-feira passada, 17, e visitou a Central Nuclear em Angra.

— O Exercício interagências avalia a eficácia da estrutura de resposta, valida planos, identifica aspectos a melhorar e consolida os procedimentos previstos no Plano de Emergência Externo do Estado do Rio para a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), voltados para a proteção da população, do meio ambiente, das usinas nucleares e dos seus trabalhadores — resumiu o ministro.

Entre as atividades práticas realizadas houve a ativação do sistema de alerta e alarme por sirenes, a remoção aeromédica de radioacidentado para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio, a distribuição de kits de iodeto de potássio, evacuação terrestre e marítima de parte dos moradores e a coleta de amostras de solo, ar, água e vegetação. A iniciativa contou com a participação do Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear no município (Copren/AR) e do Comitê de Planejamento de Resposta a Evento de Segurança Física (Copresf/AR), que reúnem representantes da Eletronuclear, da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), das defesas civis do Estado do Rio de Janeiro e dos municípios de Angra dos Reis e Paraty. O evento começou na terça-feira, 15, e foi encerrado na sexta-feira, dia 18.

— A interoperabilidade das Forças Armadas e agências envolvidas demonstra as atenções que devemos ter ao proteger nossas riquezas e cuidar da nossa gente. Um grande esforço logístico foi feito em razão da importância desse Exercício em Angra, que compõe uma série de meios da Marinha, Exército e Aeronáutica — pontuou o comandante do Comando Conjunto Itaorna, o contra-almirante FN Elson Luiz de Oliveira Góis.

O Exercício Geral Integrado ocorre a cada dois anos, nos anos ímpares. Nos outros anos, há o Exercício Parcial Integrado de Resposta à Emergência e Segurança Física Nuclear, quando é realizada uma série de atividades de mesa, sem o deslocamento de tropas.

Os dois hospitais de campanha da Marinha e do Exército são montados para atender potenciais pacientes durante uma emergência real. Por se tratar de uma simulação, as unidades foram utilizadas para fornecer atendimentos de saúde aos visitantes, como nas áreas de clínica médica, odontologia, dermatologia, pediatria, verificação de pressão arterial e glicemia capilar, além de vacinação e exames. Mais de 340 kits de escovação foram distribuídos no hospital de campanha sediado no Cefet, no Parque Mambucaba. No local, durante a ação cívico-social, a Marinha do Brasil ainda promoveu cerca de 430 palestras, e disponibilizou cortes de cabelo. Os moradores prestigiaram apresentações musicais, do pelotão de motociclistas militares e dos cães de guerra, e conheceram um mostruário dos meios operativos da Força Naval, como um robô utilizado em operações com presença de bombas.

(*) Com informações da assessoria de comunicação da Eletronuclear.

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