A pressão política e a mobilização dos estivadores do Porto de Angra dos Reis durante todo a última quinta-feira, 11, na entrada do terminal, fizeram com que a operadora portuária Technip recuasse em sua disposição inicial de impor condições aos trabalhadores para que aceitassem, em acordo coletivo, a proposta que lhes asseguraria uma renda mínima mensal. Segundo os estivadores, a proposição chegou a ser aceita por outros sindicatos da ‘beira do cais’, embora os profissionais da carga e descarga defendessem voto contrário, uma vez que, segundo eles, o acordo ofereceria risco a direitos já adquiridos em acordos anteriores e, mais que isso, poderia levar até à diminuição do número de empregados na operação portuária.
O presidente do Sindicato dos Estivadores, Aurélio de Moura, (que também ocupa cargo de gerente na secretaria municipal de Atividades Econômicas) disse que a empresa teria dado um ultimatum aos estivadores, o que causou a revolta da categoria.
Durante todo o dia, após várias reuniões e negociações, a Technip concordou em retirar a proposta de acordo da mesa e decidiu manter a proposta de renda mínima sem condicionantes. Ainda assim, o próprio Aurélio crê que alguns dos temas podem ser colocados em debate durante a negociação do acordo coletivo anual, cuja data-base é fevereiro.
Mais notícias sobre a situação dos estivadores após o acordo com a Technip estarão na próxima edição impressa do Tribuna Livre, na semana que vem.
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