A escritora argentina Laura Wittner é a primeira autora anunciada pela organização da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que será realizada entre os dias 22 a 26 de novembro. A autora condensa em sua prática literária múltiplas facetas: tradutora, poeta, crítica, professora. Seu livro de poemas ‘Tradução da Estrada’ é o primeiro título dela publicado no Brasil. Já seu livro-ensaio sobre tradução, Se vive e se traduz, será lançado em novembro, na ocasião da Flip, pela Bazar do Tempo.
— Laura Wittner instaura no tempo da poesia uma investigação das coisas íntimas do cotidiano. Por seu olhar, vamos redescobrindo aquilo que é comum, como o uso das palavras, que, em sua prática de poeta e tradutora, ela vai nos apresentando em camadas de significado e luz. Na produção que dedica à infância, ela instiga à curiosidade e à descoberta da palavra, em jogos, achados e piadas que são frequentes também na escrita para as adultas. No ensaio, compartilha de forma generosa e espirituosa, os saberes de uma prática essencial à tradição literária, a dádiva que permite a circulação de tantas e tantos autores incríveis pelo mundo: o ofício da tradução — afirma uma das curadoras da Flip, Fernanda Bastos.
Laura Wittner nasceu em Buenos Aires, em 1967. É formada em Letras pela Universidade de Buenos Aires. Hoje coordena oficinas de poesia e tradução, e trabalha como tradutora literária para diversas editoras. É autora, entre outros, de Lugares donde una no está [poemas 1996-2016] (2017) e Se vive e se traduce (2021), longo ensaio sobre tradução, além de livros infantis. Traduziu autores como Katherine Mansfield, James Schuyler e Leonard Cohen.
A Flip é reconhecida como Patrimônio Histórico Cultural e Imaterial do Estado do Rio e uma experiência única ao proporcionar os encontros promovidos nos cinco dias de festa. Ao ocupar os espaços públicos com cultura, e ao promover mecanismos de troca entre aqueles que transitam e aqueles que vivem no território, a Flip condensa uma dupla singularidade: diferencia-se de outras festas e festivais literários, da mesma forma que, ao incorporar-se no intenso calendário de comemorações populares de Paraty, reafirma essa identidade tão ímpar.
Pela Flip já passaram autores das mais variadas origens, tendências e linguagens. Entre os nomes internacionais de destaque estão Svetlana Alexijevich, Toni Morrison, J. M. Coetzee, Teresa Cárdenas, Salman Rushdie, Anne Enright, Jonathan Safran Foer, Nadine Gordimer, Karl Ove Knausgård, Ian McEwan, Chimamanda Ngozi Adichie, Amós Oz, Paul B. Preciado e, mais recentemente, Annie Ernaux.
O projeto é realizado pelo Ministério da Cultura e governo federal com concepção da Associação Casa Azul. Conta com o benefício da Lei Federal de Incentivo à Cultura e patrocínios do Instituto Cultural Vale e do Itaú Unibanco, além de apoio da Maqmóveis e da prefeitura de Paraty.
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