Depois de onze meses de Governo Lula, Eletronuclear empossa novo presidente

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Angra dos Reis abriga duas usinas nucleares em funcionamento | Foto: Divulgação

Após onze meses desde o início do governo Lula (PT), foi concluída na segunda-feira, 18, a troca no comando da Eletronuclear, empresa que administra as usinas nucleares de Angra. A substituição do agora ex-presidente, Eduardo Grand Court, movimentou os bastidores da política no Rio. Grand Court estava no cargo desde outubro de 2022, indicado ainda pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-22). O novo presidente é o advogado Raul Lycurgo Leite.

O Conselho de Administração da empresa aprovou a nomeação de Raul Lycurgo há cerca de um mês. Lycurgo tomou posse na segunda-feira, 18. O histórico do novo presidente nos últimos anos é ligado à energia. Entre 2015 a 2017, ele foi diretor jurídico da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Na sequência, entre 2017 e 2020, atuou como diretor-presidente, jurídico e de regulação na Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), um dos maiores grupos privados de transmissão do setor elétrico brasileiro.

Além da experiência de gestão na área, Lycurgo é procurador federal desde 2002, tendo sido cedido para a Eletronuclear para assumir a nova função. Desde 2020, é membro da Comissão de Direito de Infraestrutura do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O novo presidente é mestre em Direito Internacional pela American University Washington College of Law e pós-graduado em Direito Econômico e das Empresas, bem como em Direito Tributário, pela Fundação Getúlio Vargas.

Entre os principais desafios da nova gestão estão a sustentabilidade da própria empresa, agora autônoma em relação à ex-holding Eletrobras (privatizada em 2022); o financiamento da retomada das obras da usina Angra 3, que esbarra na questão da tarifa elétrica geral; e a discussão com os municípios da Costa Verde a respeito das contrapartidas socioambientais pactuadas em 2011 com as prefeituras e até hoje ainda não cumpridas na totalidade. Só a prefeitura de Angra argumenta que precisa receber R$ 264 milhões em repasses da empresa ao município.

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