Nos últimos dias as redes sociais do Tribuna Livre foram invadidas pela expressão #RiscoZero, que é usada por simpatizantes de Vagner Robeles, o Vaguinho, do partido Democracia Cristã (DC), pré-candidato a prefeito de Angra dos Reis. Fomos conversar com ele, por meio de mensagens, para saber o que move este grupo político. É o que você pode ler a seguir:
Quem é o Vaguinho e por que ser prefeito de Angra?
Vaguinho — Vaguinho é um cara simples, apaixonado por Deus, pela família e por Angra dos Reis. Sou um administrador de empresas por dom, paixão e formação. Estou na caminhada junto com o PSL (Partido Social Liberal) há dois anos.
Eu seria candidato a vereador, mas meu grupo saiu do PSL junto com o presidente Bolsonaro (s/partido). Tentamos legalizar o ‘Aliança pelo Brasil’ mas infelizmente não conseguimos. Nosso grupo então foi abraçado pelo DC que nos recebeu de braços abertos.
Sempre conversamos sobre a possibilidade de disputar candidatura à majoritária em Angra dos Reis e por alguns critérios, inclusive técnicos, eu fui o escolhido.
E como surgiu o seu interesse pela política?
Vaguinho — Minha família sempre esteve ligada à política. Sou de uma família tradicional evangélica, num total de quinze irmãos, onde um dos meus irmãos, Nilo Roberto foi suplente na Câmara na década de 80. Meu sogro, Walter Rocha, foi vereador em Angra dos Reis por dezesseis anos.
Apesar de nunca ter ocupado cargo público, ou mesmo ter disputado diretamente eleição, ajudei a eleger e reeleger alguns candidatos em Angra por diversos mandatos.
Qual o principal desafio de Angra hoje?
Vaguinho — Uma cidade como Angra não tem apenas um desafio. Poderia falar de emprego, saúde e educação, mas tudo passa pela gestão. Não tem como atrair investimento sem organização. Nenhum investidor vai aportar recursos onde não vislumbrar lucro futuro.
Como administrador penso que o custo operacional da máquina pública é desproporcional à qualidade dos serviços oferecidos. Muitas cidades fazem muito mais, com menos. A máquina pública é muito e cara e pouco efetiva.
“Muitas cidades fazem muito mais, com menos. A máquina pública é muito e cara e pouco efetiva”.
E como resolver este desafio? Qual o plano?
Vaguinho — Se eu fosse um investidor que procurasse uma cidade para investir, a pergunta que eu faria é: ‘como a gestão pública cuida dos recursos desta cidade?’. Carrego comigo a máxima que faz qualquer empresário sobreviver na iniciativa privada e penso que resolveria quase todos os problemas da administração pública: entregar o melhor serviço possível, no menor prazo possível, gastando o mínimo possível! São premissas levadas a sério por qualquer empresa e que não deveriam ser ignoradas pelo setor público.
Simpatizantes da sua pré-candidatura lançaram nas redes a expressão ‘#RiscoZero’. O que significa?
Vaguinho — Esta inscrição #RiscoZero virou a marca de quem nunca disputou ou ocupou cargo público, de quem não tem história pregressa que o desqualifique a participar de qualquer pleito eleitoral, de pessoas que não compactuam com as velhas práticas políticas, pessoas que acreditam que o verdadeiro novo se faz necessário. #RiscoZero representa a indignação representada no último pleito, atraves dos votos nulos e brancos…
Esta inscrição #RiscoZero representa pessoas simples sendo representadas por pessoas simples!
Há 20 anos dois grupos polarizam a disputa em Angra. Dá para almejar uma vitória?
Vaguinho — Não dormi e acordei dizendo: ‘vou ser prefeito!’. As coisas foram evoluindo naturalmente. Sou apenas um pré-candidato! Por décadas nunca me senti representado por nenhum dos grupos políticos. Penso que assim como eu, existem milhares de pessoas bastante incomodadas com esse revezamento improdutivo.
Me coloco apenas como uma opção para os inúmeros angrenses que compactuam desta mesma visão que eu tenho. Qual a visão? Simples assim: não me representam, por isso resolvi abandonar minha vida cômoda e discreta e disponibilizar meus dons e talentos a serviço da cidade que eu amo tanto.
Leia o Manual de Conduta do Tribuna Livre para as eleições de 2020.
Fotos: Divulgação
Publicado antes na edição impressa do Tribuna Livre (nº 289)
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