É normal: a fiscalização faz parte do ambiente público

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Embora incomum, a presença de agentes públicos, sejam policiais ou autoridades, no ambiente da Câmara Municipal não deveria causar a estranheza despertada ontem, 17, quando dois policiais federais acompanharam parte da sessão ordinária do Legislativo angrense. Não foi a primeira vez que isso aconteceu, oxalá não seja a última. O plenário da Câmara e a própria Prefeitura e todas as suas dependências são ambientes de uso público de toda a população e o acesso a estes recintos não pode ser restrito de nenhuma forma.

De outra feita, porém, a existência de um procedimento de investigação sobre a conduta de um ou mais pares da Casa não pode e não deve ser encarada como perseguição ou ‘vendeta’. É da atribuição do Ministério Público e, por extensão, da Polícia Federal, apurar, investigar e processar toda a suspeita de ilícito, especialmente e se esta suspeita estiver envolvendo recursos do Erário. Estes organismos existem para isso.

Quanto ao vereador José Antônio (PCdoB), ele está com a razão ao proceder sua defesa de forma pública, na Tribuna da Câmara. Ali é a sua arena, embora deva levar também às raias da Justiça, a mesma defesa. Ele apresentou suas contrarrazões de forma clara e deve ser reconhecida também a sua disposição, como homem público, de não deixar velada esta situação, a mercê da exploração política de seus adversários. É como diz São Paulo: ‘combater o bom combate’.

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