É tradição da cultura política dos Estados Unidos que os jornalões e grupos de comunicação tomem partido nas eleições. Boa parte dos grandes jornais declara sua preferência e deixa isso bem claro aos leitores. Como lá praticamente só há dois partidos, mesmo que não o fizessem, leitores atentos saberiam de que lado estão os barões estadunidenses da comunicação.

No Brasil esta prática não é comum. Preferem os donos da Imprensa tupiniquim, maquiarem suas preferências numa pseudoimparcialidade que, a olhos vistos, não é factual. Estas eleições provaram que há preferidos na cobertura e declarações implícitas de voto.

No Tribuna Livre procuramos fazer uma cobertura equilibrada das eleições. Priorizamos, claro, os candidatos que mais produziram fatos, afinal, eles é que geraram as notícias. Ficamos satisfeitos com tudo o que foi produzido no período e cremos ter dado contribuição para o juízo do eleitor.

Permitimo-nos porém, agora, expressar ao leitor nossa predileção para a disputa principal, à Presidência da República. E escolhemos Dilma Roussef (PT).

A escolha do Tribuna Livre é baseada nos predicados que a ex-ministra e o Governo que representa, exibem aos cidadãos brasileiros. O presidente Lula deixará a Presidência em dezembro exibindo, além de farta popularidade, um país bem melhor que encontrou, com níveis de crescimento chineses e a diminuição do fosso abissal que ainda separa ricos e pobres por aqui. Não era preciso muito para alterar o status quo que vigorou no Brasil durante todo o século XX. E Lula correspondeu a quase tudo que dele esperavam os brasileiros.

Dilma terá a responsabilidade de manter esta trajetória virtuosa. Ela conhece os percalços, gargalos e a paquidérmica máquina pública, ainda capaz de produzir resultados como os que a sociedade está vendo nos últimos anos. A democracia precisa da alternância de poder, é verdade, mas neste momento, alterar os rumos que o país vem trilhando adiaria o esperado ‘espetáculo do crescimento’ que o Brasil há de conquistar nos próximos anos.

Não há demérito em quem vê falhas e problemas no Governo Lula. Elas existem mesmo e devem ser combatidas com todo o empenho, sobretudo às que vêm acompanhadas de desvios de conduta ou éticos. Só que isso não torna nenhuma das demais candidaturas à Presidência melhores que a de Dilma e isso, por si só, já é motivo suficiente para justificar nossa escolha.

Publicado antes na edição impressa do Tribuna Livre.

Siga o Tribuna Livre no twitter. www.twitter.com/tribunalivre

Deixe seu comentário

Escreva seu comentário!
Nome