Dia Mundial do Doador de Sangue: conscientização e fortalecimento de ações marcam a data

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No Brasil de hoje, dezesseis a cada mil habitantes são doadores de sangue. O percentual corresponde a 1,6% da população brasileira e está dentro dos parâmetros da Organização Mundial da Saúde, que recomenda que 1% a 3% da população de cada país seja doadora.

Os dados mostram que há motivos para comemorar, ainda mais quando o Dia Mundial do Doador de Sangue, festejado em 14 de junho, é celebrado com ações de incentivo à doação. Ainda assim, é necessário fortalecer iniciativas que continuem estimulando a doação voluntária no país.

Do total de doadores de sangue em 2017, 62% são do sexo masculino e 38% são do sexo feminino. Nos últimos anos, as taxas de doação de sangue são estáveis, e o Ministério da Saúde avalia que essa estabilidade indica um processo de conscientização da população, embora também reforce que é necessário continuar promovendo ações para a manutenção dos estoques de sangue.

Na última sexta-feira, 14, o ministro da Saúde interino, João Gabbardo, participou de ação voluntária de incentivo à doação de sangue, promovida pelo Banco do Brasil em parceria com o Ministério da Saúde, a Fundação Pró-Sangue e o Hemocentro de São Paulo (SP). A ação no Posto Clínicas da Pró-Sangue foi protagonizada pelos Embaixadores do Esporte do Banco do Brasil, Virna e Maurício, que durante a semana foram convidados pela também Embaixadora do Esporte, Fofão, a um ato voluntário para estimular a doação de sangue no país.

Ações e datas como essa são importantes para lembrar que a doação de sangue salva muitas vidas. O Ministério da Saúde reforça que, apesar do número de doações seguir estável, é preciso chamar atenção aos períodos que se tem uma baixa de estoque de sangue, como férias, festas regionais, inverno e feriados prologados.

– Nesses momentos, as pessoas mudam suas rotinas, viajam ou aproveitam para descansar. Então é importante fazer a doação de sangue antes de viajar ou de curtir o feriado – ressalta o ministro da Saúde interino, João Gabbardo.

No Brasil, em 2017, foram coletadas 3.4 milhões de bolsas de sangue e realizadas 2,8 milhões de transfusões. Estima-se que 34% dessas doações correspondem à doação de reposição, aquela que o indivíduo doa para atender à necessidade de um paciente motivado pelo serviço, família ou amigos do receptor; 66% correspondem à doação espontânea, de acordo com os dados do Ministério da Saúde.

Referência em doação de sangue na América Latina, Caribe e África, a experiência brasileira é utilizada em cooperações para fortalecimento da captação de doação voluntária de sangue em mais de dez países, como é o caso de Honduras e El Salvador.

O procedimento de doação é muito seguro para o doador. Além da sorologia, 100% do sangue coletado na rede pública de saúde também passa pelo Teste NAT, que reduz a chamada janela imunológica para HIV, Hepatite C e B, tempo em que o vírus já está presente no doador e ainda não é possível sua detecção.

– Durante a entrevista que antecede a doação de sangue, que é sigilosa, é avaliado o estado de saúde do doador, visando à proteção dele e do receptor. E no próprio processo de doação são utilizados produtos descartáveis – explica o coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados, do Ministério da Saúde, Flávio Vormittag.

 

Doação de sangue

 

Em 2012, o Ministério da Saúde reduziu a idade mínima de 18 para 16 anos (com autorização do responsável) e ampliou a idade máxima de 67 para 69 anos. O doador deve pesar no mínimo 50 kg e estar em bom estado de saúde geral.

Outras recomendações necessárias são: estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar em jejum.

A frequência máxima de doações é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.

 

 

 

Foto: Erasmo Salomão

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