Conjunto arquitetônico, tombado como patrimônio, está em obras. Não houve feridos. | Foto: Divulgação/Redes Sociais

O teto da nave central da igreja principal do Convento do Carmo, pertencente à Ordem Primeira do Carmo, em Angra dos Reis, desabou nesta segunda-feira (19/08). O conjunto arquitetônico, que é tombado como patrimônio histórico e cultural, é formado por duas igrejas e um convento, sendo uma das principais relíquias da cidade. Felizmente, não houve feridos no incidente.

Localizado no início da Rua do Comércio, próximo à Praça General Osório, o conjunto histórico abriga também a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, que está atualmente em obras de recuperação do telhado, revestimento e pintura geral. As obras, que custam R$ 829 mil, estão sendo realizadas pela empresa Contrate de Angra Construções, contratada pela prefeitura.

As construções que compõem o Convento do Carmo datam do século XVIII. A edificação atual do convento começou a ser erguida em 1722 e foi inaugurada parcialmente em 1726. Devido à sua importância histórica, o conjunto foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1944.

Em nota, a prefeitura de Angra dos Reis informou que o Iphan, como órgão responsável pela preservação da Igreja da Ordem Primeira do Carmo, foi acionado para assumir as atividades relacionadas ao desabamento. Segundo a prefeitura, a área já havia sido interditada pela Defesa Civil municipal há cerca de um mês. Durante esse período, a Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas estava em negociação com a Igreja e o Iphan para desenvolver um projeto de escoramento, visando preservar a estrutura.

A prefeitura também informou que, após a interdição, a Igreja retirou o acervo que estava no local. Além disso, a administração municipal está realizando, com autorização do Iphan, a revitalização da Igreja da Ordem Terceira do Carmo, que está localizada ao lado da Igreja da Ordem Primeira.

O Iphan, por sua vez, destacou em nota que, em 24 de maio de 2024, realizou uma vistoria na estrutura da Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, a pedido da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas. Na ocasião, foi identificado o deslocamento de telhas e o desgaste das peças de madeira da estrutura do telhado da Igreja da Ordem Primeira, causado por infiltração e cupins.

Em 30 de julho, o Iphan enviou um relatório à Secretaria de Infraestrutura, recomendando uma avaliação mais aprofundada das patologias identificadas na Igreja da Ordem Primeira e a apresentação de um novo projeto para sua recuperação. O instituto também orientou a realização de serviços emergenciais, incluindo a retirada e substituição do telhado e do forro, e autorizou o escoramento emergencial com andaimes metálicos sob o forro da nave da igreja para estabilizar a estrutura.

Nesta terça-feira (20), uma equipe técnica do Iphan, com sede na Costa Verde Fluminense, realizará uma nova vistoria no local para avaliar os danos e definir os próximos passos na preservação do conjunto.

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