O deputado estadual Wellington José | Foto: Divulgação

O gabinete itinerante do deputado estadual Wellington José (Podemos) realiza atividade na Costa Verde neste final de semana para levantar necessidades da região que possam ecoar na Assembleia Legislativa do Estado. O parlamentar possui a iniciativa de visitar cidades do Rio desde o início de seu mandato para ouvir a população e apresentar sua atuação em formato de prestação de contas.

— Cada localidade possui necessidades específicas e eu escolhi fazer um mandato que ouça a todos, pois não vejo melhor forma de atender a população que não seja essa — explica o parlamentar.

Entre as bandeiras defendidas por Wellington José estão os cuidados com as crianças e os adolescentes e, não à toa, é de autoria dele a lei que cria a Patrulha Protetora dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes no país, batizada de ‘Patrulha Henry Borel’.

A iniciativa pretende qualificar os agentes de segurança para o atendimento às denúncias de maus tratos envolvendo menores. Só em 2020, segundo dados da Fundação da Infância e Adolescência (FIA), 103 mil crianças morreram no Brasil, vítimas de violência. No Rio, foram 11.500 denúncias registradas. A matéria, aprovada por unanimidade na Assembleia do Estado, foi uma resposta do parlamentar ao triste caso de assassinato do pequeno Henry.

Para tornar viável a implantação da Patrulha, Wellington José está dialogando com o governo do estado e fazendo indicações a todas as cidades do Rio para que a iniciativa se espalhe pelo Rio. Ele também tem visitado diversas cidades apresentando a iniciativa a prefeitos e destinou emendas que totalizam R$ 2,7 milhões para o início das suas atividades.   

O parlamentar propõe que as Patrulhas funcionem 24 horas por dia, todos os dias, utilizando a estrutura pública já existente. Os chamados poderiam ser feitos de maneira anônima, pelo 190 ou Disque-Denúncia – ambos já conhecidos da sociedade. As viaturas receberiam uma identificação específica e os agentes de segurança (policiais militares ou guardas municipais, por exemplo) atuariam de maneira protetiva a cada demanda recebida, fiscalizando as queixas e interrompendo ciclos de violência.

— Desde fevereiro, o Estado dispõe do Programa Patrulha Escolar e Proteção à Criança e ao Adolescente, que é louvável e caracteriza um avanço para a sociedade. Mas eu quero mais. Defendo o atendimento especializado a qualquer hora e local para denúncias que envolvam menores, pois precisamos defender a vida de quem está em risco inclusive quando estão longe da escola. É preciso atentar ao fato de que em 75% dos casos de agressões a menores, segundo os órgãos oficiais, os agressores são os próprios pais ou seus companheiros, logo, esses abusos ocorrem no ambiente familiar — frisa Wellington José, comparando a iniciativa à já consagrada Patrulha Maria da Penha.

Wellington José é vice-presidente da Comissão dos Direitos das Crianças, dos Adolescentes e dos Idosos da Alerj e membro da Comissão de Educação e da Comissão Especial de Enfrentamento do problema de pessoas desaparecidas no estado do Rio.

Foto: Reprodução

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