Deputado Biscaia comenta suspeitas sobre a Justiça Eleitoral do Rio

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A revelação de que bicheiros do Rio de Janeiro patrocinaram uma festa para presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) mostra que são “promíscuas e perigosas” as ligações entre contraventores e parte de membros da Justiça Eleitoral do estado do Rio de Janeiro. A opinião é do deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) que, no cargo de Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro por três mandatos, investigou a cúpula do jogo do bicho carioca.

Em discurso da tribuna do plenário da Câmara dos Deputados, Biscaia afirmou que os fatos agora revelados, envolvendo o ex-presidente do TRE-RJ, desembargador Alberto Motta Moraes, e a Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba), “são de extrema gravidade”.

— Quando os tentáculos do crime organizado alcançam o Poder Judiciário, e em especial a Justiça Eleitoral, as instituições são abaladas pela degradação máxima e a prática democrática fica ameaçada — enfatizou o parlamentar.

De acordo com as denúncias divulgadas pela imprensa, a Liesa, que é controlada por bicheiros, teria pago shows e coquetel durante visita à Cidade do Samba de presidentes dos TREs brasileiros.

Para Biscaia, o processo eleitoral “não pode ser contaminado pela corrupção e pelos desvios de conduta”. O parlamentar fluminense elogiou o Corregedor-Geral do Conselho Nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, por ter determinado a abertura de procedimento administrativo para investigar a festa paga pela Liesa. “Espera-se que as denúncias sejam apuradas com absoluto rigor e que os poderes do Estado, os meios de comunicação e a sociedade reajam contra essas práticas deletérias”, concluiu.

Com informações da assessoria de comunicação do parlamentar.

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