A prefeitura de Angra dos Reis fez mais uma mudança nas regras de prevenção ao novo coronavírus no município e praticamente acabou com as restrições na maioria dos setores e serviços, a não ser nas áreas de educação, entretenimento e turismo. Com o decreto publicado nesta quarta-feira, 8, e já em vigor serão reabertos serviços como o funcionamento da rodoviária, a liberação para transporte de passageiros em pé nos ônibus municipais e os serviços de fisioterapia aquática e natação.
Nas duas últimas semanas Angra registra média de 50 novos casos confirmados de Covid-19 por dia. Os casos suspeitos não confirmados superam os 10 mil. Desde 10 de junho o comércio está liberado e a movimentação de pessoas nas ruas parece próxima da normalidade. As mudanças anunciadas agora estarão em vigor até 23 de julho e não parecem ter impacto relevante no quadro que já vinha sendo registrado na cidade até o momento.
No decreto desta semana os ônibus de linhas municipais são autorizados a circularem com passageiros em pé até o limite de 30% da capacidade dos veículos. Há duas semanas a prefeitura havia determinado o aumento da frota em circulação por causa de queixas sobre atrasos e lotação acima do recomendado. Uma blitz da superintendência de Trânsito chegou a ser realizada para checar as condições dos veículos. Na rodoviária municipal reaberta, cinco horários diários de partida e chegada das linhas intermunicipais estão autorizadas. Ainda há restrições no tráfego para Paraty por causa da manutenção do isolamento na Cidade Histórica. O uso do cartão do idoso para a gratuidade nos ônibus municipais volta a ser autorizado limitado a seis lugares por viagem.
Outra alteração no decreto é a ampliação do horário de funcionamento dos comércios de construção civil, ferragens, madeireiras, serralheiras, pinturas e afins, além de lojas de materiais e serviços elétricos e hidráulicos que voltam ao horário normal das 8h às 18h. As marinas do município foram autorizadas a movimentar embarcações em todos os dias da semana.
Fisioterapia aquática — O item mais polêmico do decreto talvez seja a autorização para reabertura dos serviços de fisioterapia aquática e natação. Tal qual as academias, que foram autorizadas a funcionar há 15 dias, no caso das empresas que atuam com atividades aquáticas há dezenas de recomendações, entre elas o uso obrigatório de máscaras, óculos de proteção e limite de quantidade de clientes a um usuário a cada 4 m² (piscina).
Também é exigido o uso de chinelos pré-desinfectados no ambiente, suportes para toalhas e roupões, higienização de escadas e bordas da piscina, bem como de todos os materiais, acessórios, flutuadores e dispositivos usados nos atendimentos. As demais medidas são similares às das academias como o uso de termômetro digital para aferir a temperatura de todos que entrarem nas piscinas e a limpeza e desinfecção pré e pós-turno dos locais de trabalho, entre outras.
Para fiscalizar os efeitos das novas medidas, a prefeitura de Angra dos Reis apelidou de ‘Covidômetro’ uma medição feita regularmente pelas autoridades de saúde e o comitê de gestão da crise. Pelo menos 12 indicadores serão avaliados para definir o cenário epidemiológico da Covid-19 na cidade. A prefeitura afirma que o modelo foi feito com base em estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de universidades federais brasileiras. Neste momento Angra está no cenário ‘Amarelo – Alerta Máximo’, com pontuação de 6,25 numa escala que vai até 10. Quanto maior o número, maior o risco.
Proibições — Apesar de abrir praticamente tudo em matéria de comércio e serviços, permanecem suspensas no município a realização de eventos e atividades com a presença de público (a não ser as igrejas), as aulas nas redes pública e privada de ensino e o acesso de turistas à cidade e suas ilhas, além da utilização de praias, rios, praças e academias públicas. Não é permitido ainda o funcionamento de bares, choperias e botecos, assim como clubes, associações esportivas e afins.
Foto: Reprodução
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