Área das usinas nucleares em Angra dos Reis | Foto: Divulgação/Eletronuclear

A consulta pública às minutas do edital e do contrato para a licitação da futura empresa responsável pela conclusão das obras da usina Angra 3, termina no dia 26 de abril. Os documentos estão disponíveis no site da Eletronuclear e são referentes aos serviços de engenharia, gestão de compras e construção (EPC, na sigla em inglês), incluindo a Matriz de Risco e outros complementos contratuais.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu apoio técnico para viabilizar a consulta pública, que busca obter contribuições e melhorias dos interessados no processo de licitação, incluindo agentes do setor elétrico, empresas, especialistas e sociedade em geral.

Para realizar as contribuições e questionamentos, os interessados deverão preencher o formulário disponível no site até a data limite. As respostas serão divulgadas no mesmo endereço eletrônico até 45 dias após o término do prazo, prorrogáveis a critério da companhia. Itens de identificação pessoal e qualificação adequada das sugestões são indispensáveis. As contribuições que não atenderem aos requisitos poderão ser desconsideradas.

O BNDES está auxiliando a Eletronuclear a concluir os estudos sobre a retomada da construção de Angra 3, como o orçamento do empreendimento e o cronograma, que servirão como base para o cálculo do preço de energia a ser analisado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O valor da tarifa de energia a ser produzido pela futura usina é um dos principais entraves à conclusão da unidade. Se for considerada cara demais, a energia poderá impactar toda a cadeia produtiva de energia no país, tornando inviável a conclusão imediata da obra.

O montante investido até agora em Angra 3 sobre R$ 7,8 bilhões e para concluir a usina serão necessários mais R$ 20 bilhões.

Eletronuclear empossa novo diretor financeiro
A Eletronuclear informou na quinta-feira, 4, a posse do novo diretor financeiro da empresa, o executivo Alexandre Caporal. De acordo com a empresa, Caporal possui experiência no setor, com passagens pela Enel, Abengoa, Eneva, Neoenergia e Elera. Mesmo após a privatização da Eletrobras, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-22), a vaga de diretor financeiro da Eletronuclear continua passando pelo crivo da ex-holding do sistema elétrico nacional.

Entre os desafios de Caporal e da atual diretoria da empresa estão a extensão da vida útil da usina Angra 1 (cujo prazo para descomissionamento inicia-se em dezembro) e a conclusão das obras de Angra 3.

— Vejo minha chegada como uma grande oportunidade para contribuir na resolução do atual momento da empresa, que vive um estresse de caixa, e dar continuidade aos projetos prioritários e estruturais da companhia e do país, como a extensão da vida útil de Angra 1 e a conclusão das obras de Angra 3 — anotou o diretor, em comunicado à Imprensa.

Alexandre Caporal é graduado em administração pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre em administração de empresas com ênfase em finanças pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e possui MBA In Company pelo Instituto Universitario de Posgrado de Madri, na Espanha.

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