Opinião: Quem disse que não podemos copiar Cancún?

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Confesso que estou bastante empolgado com o quanto se falou sobre o turismo em Angra dos Reis e na Costa Verde nos últimos dias. Desde o governo federal até uma esclarecedora reunião do Conselho Municipal de Turismo de Angra estamos vendo a chance de este setor entrar definitivamente na pauta do Poder Público.

E conversar sobre este assunto nos faz ver de imediato duas coisas: primeiro que o turismo é a saída mais eficiente para o desenvolvimento de Angra; e depois, que é possível mudar a situação que temos hoje, evoluindo com responsabilidade.

A sinalização mais importante dos últimos dias veio do próprio presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Ele disse durante um programa de TV que Angra dos Reis perde bilhões de reais por não desenvolver o turismo e que a região pode tornar-se uma nova Cancún (foto), a cidade mexicana que vive para receber visitantes o ano todo. Para Bolsonaro é preciso tornar as leis ambientais menos severas e permitir uma exploração racional dos recursos naturais. Concordo.

Há muitos anos, nós empresários do turismo somos os maiores interessados na preservação do ambiente. Sabemos que a natureza que vendemos como atração precisa ser mantida para as gerações futuras. Só que as leis do ambiente não podem impedir o desenvolvimento. Não podem ser amarras para a geração de oportunidades. É preciso inteligência e cautela. O que o presidente Bolsonaro e muitos empreendedores defendem é o equilíbrio. O prefeito angrense Fernando Jordão também foi na mesma linha ao defender mudanças que beneficiem a cidade.

Quem disse que não podemos copiar o modelo bem sucedido de Cancún? Podemos e saberemos como conduzir esta questão com cautela. Agora é aguardar.

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(*) Dudu Miler é empresário do turismo náutico, com atuação nas cidades de Angra e Mangaratiba. É membro do Conselho municipal de Turismo de Angra dos Reis, dirigente do Angra e Ilha Grande Convention & Visitors Bureau (ACVB) e Amigo da Marinha.

Foto: Reprodução

Publicado antes na edição impressa do Tribuna Livre (nº 250)

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