A enxurrada que atingiu os municípios do litoral norte de São Paulo no sábado, 18, está sendo considerada uma das maiores tragédias da história do estado. Com 44 mortes confirmadas, o temporal foi também o maior acumulado de chuva de que se tem registro no país, com 682 milímetros (mm) e um rastro incalculável de destruição.
Ainda há cerca de 40 pessoas desaparecidas, com mais de 1.730 desalojados e 766 desabrigados. Dos mortos, 43 foram em São Sebastião e um em Ubatuba. Equipes do município com psicólogas e assistentes sociais fazem um trabalho de acolhimento dos familiares das vítimas. Sete corpos foram identificados e liberados para o sepultamento. São dois homens adultos, duas mulheres adultas e três crianças.
O acumulado de chuva nas cidades paulistas superou o da cidade fluminense de Petrópolis, em 2022, na região serrana do Rio, que teve o acumulado de 530 milímetros de chuva em 24 horas. Antes, o maior índice havia sido registrado em Florianópolis (Santa Catarina), em 1991, com acumulado de 400 mm em apenas um dia.
O município de São Sebastião foi um dos mais afetados, com deslizamentos de encostas, alagamentos e bairros isolados devido à interdição de vias de acesso. O número de mortos já supera a tragédia de Franco da Rocha, em 2022, com o deslizamento que matou 18 pessoas. O acumulado de chuva nessa oportunidade foi de 70 milímetros em 24 horas.
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